Publicado em Sun Nov 23 16:45:00 UTC 2008 -
Edição 529
Embora esteja diminuindo entre os brasileiros a tentação de escrever “bonito”, esse fantasma ainda assombra as páginas de tradutores, juristas, articulistas, autores de livros didáticos e redatores em geral. Na prática, “bonito” transforma-se em “rebuscado”, quer pela escolha do vocabulário, quer pela complicada relação sintática das palavras, quer pelo esforço de parecer muito correto. O melhor mesmo é dizer as coisas de uma forma direta, clara, com vocábulos habituais. Com palavras cotidianas, também se fez e se faz grande literatura. Assim, antes menos “bonito” que obscuro e antinatural. Cortar a “boniteza” geralmente funciona.
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