Temos acompanhado, nos últimos anos, um avanço acelerado na tecnologia da computação móvel, em especial dos handhelds (computadores que cabem na palma da mão). Esses "pequenos" computadores, atualmente, possuem o poder de processamento comparável ao dos computadores de mesa de alguns anos atrás, acessam a Internet, editam textos, exibem apresentações, enviam e-mails, enfim, realizam a maioria das operações cotidianas dos computadores convencionais. O que chama a atenção nesse caso é a "fusão" entre handheld e o telefone celular, dando origem a uma nova categoria de equipamento que chamamos de smartphones.
          Os smartphones são a "febre do momento" do setor de telefonia móvel e informática, pois, além de possuírem todas as funções de um celular avançado, disponibilizam poder de processamento para os usuários de forma compacta e com conectividade em qualquer lugar. Além dos inúmeros gadgets ("trecos") que atraem a atenção dos aficionados a tecnologia, esses pequenos computadores oferecem uma nova opção de ferramenta computacional às empresas. E não é de hoje que o mundo corporativo tem voltado sua atenção para a computação móvel "ultraportátil". Há mais de uma década, quando os "avós" dos handhelds disponibilizaram uma memória de armazenamento equivalente a 0,0001 da capacidade atual, as empresas já dispunham de softwares especializados "rodando" nessas máquinas. Os mais comuns eram os softwares para automação da força de vendas, que permitiram aos vendedores externos aposentarem os velhos talões de pedidos para usar o mais "novo" recurso da tecnologia. 
          Hoje, as possibilidades são inúmeras, pois, além de poderem acessar os sistemas corporativos pela Internet, os smartphones rodam aplicações das mais diversas áreas, como sistemas de vendas, sistemas financeiros, monitoramento de frota, etc. Podemos citar como exemplo os sistemas de gestão de processos jurídicos, que colocam, no telefone do advogado, todos os dados dos processos sob sua responsabilidade e também as cópias dos documentos digitalizados desses processos. Seria o fim dos imensos arquivos de documentos e da dificuldade de transportar as "pastas dos processos".
          Os softwares de monitoramento de frota são outro exemplo de como a informação pode estar disponível on-line e em qualquer lugar para os gestores. Os smartphones recebem periodicamente informações sobre as ordens de serviço dos veículos, as quebras e avarias na operação da frota, o estoque crítico de peças para manutenção, entre outras informações. As decisões podem ser tomadas baseadas nessas informações sem que necessariamente o gestor esteja na empresa para avaliá-las.
          A gestão dos negócios com auxílio dos smartphones é uma tendência do mercado e deve se firmar como uma prática tão comum quanto o envio de e-mail por esses aparelhos. Cabe a cada empresa identificar suas necessidades de informação e adequar seus sistemas a essa nova realidade. É uma nova maneira de ter a "empresa na palma da mão".