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Equilibrando as Finanças Pessoais
Publicado em Sun Jul 10 19:08:00 UTC 2005 - Edição 354
Mesmo com um bom salário, há pessoas que gastam mais do que ganham, vivem acumulando dívidas, estouram os cartões de crédito, usam todo o limite do cheque especial e têm a eterna sensação de que nunca vão conseguir equilibrar suas finanças. Essa situação é mais freqüente do que parece. É cada vez maior o número de profissionais que, embora competentíssimos em suas áreas de atuação, demonstram dificuldade de lidar com suas finanças pessoais. Mesmo mantendo um bom padrão de vida, não conseguem controlar seus gastos e despesas, o que se torna uma fonte permanente de angústia.
"Trata-se de um problema sério, que pode chegar a comprometer o rendimento e o desempenho profissional", alerta a consultora Georgina Santos, da Ágilis Tecnologia em RH (www.agilis.com.br), empresa integrante da Rede Gestão. Segundo Georgina, os casos têm se tornado tão comuns que muitas vezes é a própria empresa quem toma a iniciativa de encaminhar seus executivos para um trabalho de consultoria em finanças, com o objetivo de organizar suas contas pessoais.
Ao contrário do que muita gente pensa, o problema pouco tem a ver com o salário. "Esse tipo de descontrole pode atingir profissionais que ganham R$ 2 mil ou R$ 30 mil. Não depende do valor, mas da forma como se lida com o seu dinheiro", explica Georgina. Em comum, essas pessoas apresentam determinadas características. Não fazem cálculos com seu salário, não organizam seus gastos nem priorizam despesas, pagam as contas sempre em atraso, não costumam negociar suas dívidas e têm o hábito de contar com receitas futuras — como férias, restituição de Imposto de Renda ou ganhos de negócios ainda não fechados. "Ou seja, essas pessoas não conseguem ter controle do que ganham, de quanto e como gastam", observa.
Outra característica: a justificativa emocional para gastos não planejados. Diante do objeto de desejo exposto na vitrine do shopping, costumam usar, como argumento para a compra, frases como: "Eu trabalho tanto, mereço esse presente" ou "Não é para mim, é para meu filho". "As compras, na verdade, atuam como compensações emocionais", afirma a consultora. E, assim, entra-se numa roda-viva de falta de controle financeiro que muitas vezes causa uma angústia permanente, aliada a uma grande sensação de impotência. "Essa sensação de descontrole muitas vezes afeta o dia-a-dia do profissional, comprometendo seu desempenho."
A boa notícia é que, na grande maioria dos casos, o problema tem cura. "Às vezes o descontrole financeiro toma uma proporção tão grande que a impressão é de que não tem remédio. Mas há solução, sim, desde que a pessoa esteja disposta a rever e a mudar alguns hábitos", afirma Georgina. Em grande parte dos casos, a questão se resume a uma palavra: desorganização. "Percebemos que, muitas vezes, não há um motivo concreto que justifique os gastos maiores que a receita. É simplesmente descontrole, aliado a uma dificuldade em lidar com o dinheiro", diagnostica.
O consultor em finanças atua ajudando a fazer um diagnóstico adequado e a traçar um plano de ação para o profissional sair da situação crítica e definir diretrizes que lhe permitem lidar melhor com o dinheiro. A primeira mudança de hábito é adotar uma regra fundamental: registrar tudo o que ganha e tudo o que gasta. "Deve haver uma preocupação não apenas com as grandes despesas, mas principalmente com as pequenas, que podem fazer uma grande diferença no final do mês", orienta a consultora. Depois que tiver uma maior visibilidade de como gasta seu salário — com ajuda de uma boa planilha — a etapa seguinte é fazer a readequação das despesas e traçar um plano para renegociar as dívidas existentes. "Normalmente, com três meses já é possível ver uma luz no fim do túnel", diz Georgina. O objetivo final? Equilibrar o orçamento e conseguir até fazer uma poupança, qualquer que seja o seu salário. "O ideal é que, ao final do mês, o profissional consiga economizar entre 10% e 20% do que ganha".
"Trata-se de um problema sério, que pode chegar a comprometer o rendimento e o desempenho profissional", alerta a consultora Georgina Santos, da Ágilis Tecnologia em RH (www.agilis.com.br), empresa integrante da Rede Gestão. Segundo Georgina, os casos têm se tornado tão comuns que muitas vezes é a própria empresa quem toma a iniciativa de encaminhar seus executivos para um trabalho de consultoria em finanças, com o objetivo de organizar suas contas pessoais.
Ao contrário do que muita gente pensa, o problema pouco tem a ver com o salário. "Esse tipo de descontrole pode atingir profissionais que ganham R$ 2 mil ou R$ 30 mil. Não depende do valor, mas da forma como se lida com o seu dinheiro", explica Georgina. Em comum, essas pessoas apresentam determinadas características. Não fazem cálculos com seu salário, não organizam seus gastos nem priorizam despesas, pagam as contas sempre em atraso, não costumam negociar suas dívidas e têm o hábito de contar com receitas futuras — como férias, restituição de Imposto de Renda ou ganhos de negócios ainda não fechados. "Ou seja, essas pessoas não conseguem ter controle do que ganham, de quanto e como gastam", observa.
Outra característica: a justificativa emocional para gastos não planejados. Diante do objeto de desejo exposto na vitrine do shopping, costumam usar, como argumento para a compra, frases como: "Eu trabalho tanto, mereço esse presente" ou "Não é para mim, é para meu filho". "As compras, na verdade, atuam como compensações emocionais", afirma a consultora. E, assim, entra-se numa roda-viva de falta de controle financeiro que muitas vezes causa uma angústia permanente, aliada a uma grande sensação de impotência. "Essa sensação de descontrole muitas vezes afeta o dia-a-dia do profissional, comprometendo seu desempenho."
A boa notícia é que, na grande maioria dos casos, o problema tem cura. "Às vezes o descontrole financeiro toma uma proporção tão grande que a impressão é de que não tem remédio. Mas há solução, sim, desde que a pessoa esteja disposta a rever e a mudar alguns hábitos", afirma Georgina. Em grande parte dos casos, a questão se resume a uma palavra: desorganização. "Percebemos que, muitas vezes, não há um motivo concreto que justifique os gastos maiores que a receita. É simplesmente descontrole, aliado a uma dificuldade em lidar com o dinheiro", diagnostica.
O consultor em finanças atua ajudando a fazer um diagnóstico adequado e a traçar um plano de ação para o profissional sair da situação crítica e definir diretrizes que lhe permitem lidar melhor com o dinheiro. A primeira mudança de hábito é adotar uma regra fundamental: registrar tudo o que ganha e tudo o que gasta. "Deve haver uma preocupação não apenas com as grandes despesas, mas principalmente com as pequenas, que podem fazer uma grande diferença no final do mês", orienta a consultora. Depois que tiver uma maior visibilidade de como gasta seu salário — com ajuda de uma boa planilha — a etapa seguinte é fazer a readequação das despesas e traçar um plano para renegociar as dívidas existentes. "Normalmente, com três meses já é possível ver uma luz no fim do túnel", diz Georgina. O objetivo final? Equilibrar o orçamento e conseguir até fazer uma poupança, qualquer que seja o seu salário. "O ideal é que, ao final do mês, o profissional consiga economizar entre 10% e 20% do que ganha".