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Sobre como não errar
Publicado em Thu Dec 06 22:56:00 UTC 2018 -É assim que se toma decisões na vida (ou, pelo menos, deveria ser): a partir da leitura de cenários. Só não se recomenda chegar a tanto. Melhor deixar que a emoção guie as questões futebolísticas. Esse caminho para fazer escolhas é perfeito, entretanto, para pensar no mundo corporativo, no planejamento de carreira ou na gestão pública.
A história de Antônio ajuda a ilustrar de maneira simples algumas questões complexas relacionadas a processos de tomada de decisão. Ela nos auxilia, por exemplo, a pensar no pressuposto da racionalidade e na importância dos números. Enfim, ela nos ensina como pensar antes de agir. Não levar isso em conta pode custar muito caro.
Imagine que você precisa tomar uma decisão diante de uma variedade de opções. Sua tendência é fazer um cálculo custo x benefício. Assim pode ser resumido o pressuposto da racionalidade. Porém, algo antecede a decisão em si. Para fazer a melhor escolha e não colocar em risco a sobrevivência do seu empreendimento, é preciso estar bem informado. Mais ainda: é preciso ter conhecimento.
Poderíamos pensar que não há problema quanto a isso, afinal a humanidade nunca produziu tantos dados quanto nos dias atuais. Informação, no entanto, não necessariamente resulta em conhecimento. A depender do volume e da forma como ela é manipulada, o efeito pode ser justamente o inverso e os resultados, catastróficos.
Portanto, não basta ter informação (big data). É preciso sistematizá-la de maneira correta e interpretá-la de modo eficaz (big meaning). A análise de cenários com base em teorias das ciências sociais e ferramentas estatísticas são aliados indispensáveis. Caso contrário, tem-se um efeito dominó: dados manipulados de forma pouco competente levam a interpretações equivocadas que resultam em decisões inadequadas.
A tomada de decisão informada é condição necessária para acessar bons resultados. Ao planejar e executar estratégias, o gestor deve ter isso como princípio. Pense na gestão pública, privada ou na sua carreira e diminua o risco das suas decisões. É só lembrar do nosso amigo Antônio, com uma ressalva: no futebol, é melhor deixar o coração falar mais alto.