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Contratação inadequada, consequências indesejadas
A escolha equivocada de um gestor pode levar ao fracasso anos de planejamento e investimentos, além de causar danos irreparáveis na motivação e no desenvolvimento da equipe de profissionais de uma empresa. Publicado em Thu Aug 11 15:00:00 UTC 2016 - Edição 916Mesmo em momentos difíceis como o atual, empresas privadas e órgãos públicos têm necessidade de preencher cargos de gestão para o desempenho de suas atividades. Para isso, precisarão escolher bons profissionais. Essas escolhas, na verdade, são processos seletivos, pois, de uma maneira ou de outra, seguem um caminho de ações cujo desfecho é o convite para o escolhido. O que, muitas vezes, não é levado em consideração é a consequência desastrosa que uma seleção malconduzida pode causar para todos.
Empresas privadas têm mais cuidado nesse aspecto, pois procuram definir bem o que realmente precisam e todas as possibilidades para um processo seletivo exitoso. Muitas empresas utilizam os serviços especializados de consultoria de seleção executiva, que fazem esse processo de maneira estruturada e empregam técnicas e ferramentas de reconhecida eficácia.
Por esse e outros motivos, são, via de regra, muito mais eficientes do que as empresas que têm o comando sob responsabilidade governamental, em todos os níveis (municipal, estadual e federal).
Escolher um gestor inadequado pode levar ao fracasso anos de planejamento e investimentos, além de causar danos irreparáveis na motivação e no desenvolvimento da equipe de profissionais de uma empresa.
Ressalto que uma escolha errada também costuma acontecer, muito frequentemente, em uma empresa familiar, e nada é pior dentro de uma empresa do que um herdeiro (e não sucessor) sem vocação ou o devido preparo dirigindo os rumos da organização. Melhor seria tê-lo no conselho de acionistas (não de administração) ou mesmo patrocinar outras atividades empresariais que estejam alinhadas com o perfil daquele herdeiro, desde que bem longe da empresa-mãe. Uma boa governança corporativa e um profissional competente na gestão geralmente trazem os melhores resultados.
Quando falamos em empresa pública, com seu quadro técnico qualificado, com maioria concursada, legítima vocação para servir e ambição de crescimento, inserir um gestor despreparado somente por ser de confiança do seu padrinho ou por sua excelente qualidade na militância (esta, sim, sua verdadeira vocação), sem falar em missões não republicanas previamente determinadas, traz as piores consequências possíveis e danos incomensuráveis. Felizmente, estão editando uma lei para colocar pessoas mais adequadas na direção das estatais, mesmo com muitos vetos e brechas, mas já é um começo.
Os resultados todos nós sabemos: a destruição do equilíbrio orçamentário e a diminuição ou manutenção da péssima qualidade do serviço oferecido, prejudicando a sociedade —, justamente ela, a grande mantenedora do serviço público — que, através dos tributos, vive na esperança de receber em troca um serviço que atenda às suas necessidades.
Para o profissional, independentemente da natureza da empresa, aceitar assumir um cargo sem ter o perfil adequado, sem a menor empatia com aquele ambiente e com as tarefas que vai desempenhar — é desnecessário dizer —, só restarão insatisfação, baixa produtividade, ausência de realização pessoal e, muitas vezes, a perda da qualidade de vida e da saúde.
Contratar um profissional ou aceitar um convite para trabalhar em uma empresa pode parecer uma tarefa simples, mas não é; requer muita análise e compreensão de todos os aspectos envolvidos, sejam eles culturais, técnicos ou comportamentais.
Empresas privadas têm mais cuidado nesse aspecto, pois procuram definir bem o que realmente precisam e todas as possibilidades para um processo seletivo exitoso. Muitas empresas utilizam os serviços especializados de consultoria de seleção executiva, que fazem esse processo de maneira estruturada e empregam técnicas e ferramentas de reconhecida eficácia.
Por esse e outros motivos, são, via de regra, muito mais eficientes do que as empresas que têm o comando sob responsabilidade governamental, em todos os níveis (municipal, estadual e federal).
Escolher um gestor inadequado pode levar ao fracasso anos de planejamento e investimentos, além de causar danos irreparáveis na motivação e no desenvolvimento da equipe de profissionais de uma empresa.
Ressalto que uma escolha errada também costuma acontecer, muito frequentemente, em uma empresa familiar, e nada é pior dentro de uma empresa do que um herdeiro (e não sucessor) sem vocação ou o devido preparo dirigindo os rumos da organização. Melhor seria tê-lo no conselho de acionistas (não de administração) ou mesmo patrocinar outras atividades empresariais que estejam alinhadas com o perfil daquele herdeiro, desde que bem longe da empresa-mãe. Uma boa governança corporativa e um profissional competente na gestão geralmente trazem os melhores resultados.
Quando falamos em empresa pública, com seu quadro técnico qualificado, com maioria concursada, legítima vocação para servir e ambição de crescimento, inserir um gestor despreparado somente por ser de confiança do seu padrinho ou por sua excelente qualidade na militância (esta, sim, sua verdadeira vocação), sem falar em missões não republicanas previamente determinadas, traz as piores consequências possíveis e danos incomensuráveis. Felizmente, estão editando uma lei para colocar pessoas mais adequadas na direção das estatais, mesmo com muitos vetos e brechas, mas já é um começo.
Os resultados todos nós sabemos: a destruição do equilíbrio orçamentário e a diminuição ou manutenção da péssima qualidade do serviço oferecido, prejudicando a sociedade —, justamente ela, a grande mantenedora do serviço público — que, através dos tributos, vive na esperança de receber em troca um serviço que atenda às suas necessidades.
Para o profissional, independentemente da natureza da empresa, aceitar assumir um cargo sem ter o perfil adequado, sem a menor empatia com aquele ambiente e com as tarefas que vai desempenhar — é desnecessário dizer —, só restarão insatisfação, baixa produtividade, ausência de realização pessoal e, muitas vezes, a perda da qualidade de vida e da saúde.
Contratar um profissional ou aceitar um convite para trabalhar em uma empresa pode parecer uma tarefa simples, mas não é; requer muita análise e compreensão de todos os aspectos envolvidos, sejam eles culturais, técnicos ou comportamentais.
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