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Quais as melhores empresas para se trabalhar?

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Publicado em Sun Mar 16 18:00:00 UTC 2003 - Edição 234

Muito se tem falado sobre a empregabilidade dos profissionais como um fator decisivo para sobreviver em um mercado cada vez mais competitivo. Mas o que pouca gente percebe é que essa deve ser uma responsabilidade também da empresa. Conseguir atrair e manter talentos em sua equipe pode fazer toda a diferença entre ser ou não ser bem-sucedido. Mas como ser uma empresa atraente para os melhores profissionais? "O que torna uma empresa boa para se trabalhar é a capacidade de tratar seus empregados como seres humanos, adultos e profissionais", afirma o consultor Ricardo de Almeida, diretor da TGI Consultoria em Gestão.

 

A "receita" resume uma série de atitudes que não só atraem, mas estimulam o comprometimento de bons profissionais com a empresa. "Respeito é uma palavra chave. É importante manter um relacionamento respeitoso com o empregado, desde o processo de seleção até um eventual desligamento do cargo, se for necesssário", diz Ricardo. Outro aspecto fundamental: criar uma identificação positiva do profissional com a sua atividade e com a empresa. Para que tenha orgulho e seja comprometido com o que faz, ele deve ter confiança no futuro da organização. "O grande desafio é fazer com que os empregados saibam o que estão fazendo, a importância de seu trabalho para a empresa, qual o futuro da empresa e qual o seu papel nesse futuro", observa.

 

Alguns mecanismos ajudam a alcançar esse objetivo. A transparência nos números e informações da empresa é um deles. Para Ricardo, ainda existe uma certa resistência dos gestores em compartilhar informações com a sua equipe. Puro preconceito, na opinião do consultor. Cada vez mais, as empresas adotam o princípio do open book, compartilhando informações sobre faturamento, objetivos e estratégia. "Claro que alguns dados estratégicos devem se manter reservados. Mas como o empregado vai se comprometer a reduzir custos, por exemplo, se ele não tiver nenhuma idéia sobre qual será a repercussão de sua atitude nos resultados da empresa?", questiona.

 

Além de respeito e transparência na comunicação, Ricardo também destaca a necessidade de se ter regras claras dentro da empresa em situações cotidianas, como a realização de um treinamento ou viagens, por exemplo, para evitar sentimentos de privilégio ou perseguição. A capacitação profissional é outro item que merece atenção. Ao investir em treinamento, a empresa "aposta" em seu empregado, dando um sinal claro de que ele tem perspectivas de crescimento na organização e o estimulando a também investir no seu aperfeiçoamento profissional e na sua carreira.

 

 Fazer com que o empregado torne-se um parceiro na condução do negócio gera, acima de tudo, resultados. Basta analisar, por exemplo, a lista das "100 melhores empresas para se trabalhar", pesquisa realizada anualmente pelo Great Place to Work Institute em 25 países e publicada, no Brasil, pela revista Exame. Não por acaso, as organizações que se preocupam com a satisfação de sua equipe destacam-se também pelo desempenho e boa qualidade da gestão.


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