Pesquisa realizada pela consultoria McKinsey & Company, publicada na revista Você S/A, com 8 mil empresas, educadores e jovens profissionais em nove países,  evidencia a discrepância entre a visão que universidades e empresas têm dos profissionais. Enquanto 67% dos educadores consideram que os jovens saem da universidade preparados, apenas 31% dos empregadores concordam com essa afirmação. Na prática, significa que cursar faculdade não é mais garantia de acesso a melhores empregos.

Quem aposta todas as fichas na pós-graduação também pode estar em descompasso com o que as empresas buscam. Em geral, os cursos de formação continuada permanecem com o modelo acadêmico dado na graduação, pois não adotam uma metodologia que prepare o profissional para aplicar o conhecimento adquirido na sua prática cotidiana.

Mas, afinal, quais são essas exigências que as empresas buscam no profissional de hoje? A seguir, algumas competências mapeadas pela pesquisa da McKinsey:

1) Possuir um conhecimento técnico consistente, o que demanda necessidade de qualificação e atualização permanente ao longo da carreira.
2) Saber falar e escrever com clareza, expor as ideias e se fazer entender sem cometer erros básicos de gramática e compreensão de texto. Além disso, é imprescindível dominar o inglês, já que se trata da língua do trabalho global.
3) Ter compromisso, responsabilidade pelas ações e considerar as consequências das decisões para a empresa e a sociedade. Em outras palavras, a ética é valorizada.
4) Ser capaz de integrar experiências variadas e de aplicá-las em um novo contexto, encontrando soluções inovadoras para resolver os problemas. Essa competência é especialmente apreciada num cenário em que as mudanças são cada vez mais rápidas.
5) Conseguir influenciar, inspirar, motivar pessoas, saber resolver conflitos, respeitar a diversidade, dosar a valorização das capacidades dos integrantes da equipe e a crítica sempre que necessário, zelando pela manutenção de um ambiente agradável para todos.