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A Importância da Flexibilidade e Capacidade de Adaptação
O profissional nunca deve se acomodar, a ordem é rever posturas e posicionamentos. Publicado em Sat Jun 27 12:00:00 UTC 2015 - Edição 873O momento atual de desaceleração na economia exige dos profissionais e das empresas a necessidade de se reestruturar e se adaptar rapidamente às mudanças. Novas demandas, novas exigências, novos concorrentes surgem a todo momento, pressionando por ajustes e mudanças efetivas. Uma das principais características das crises é que elas forçam a tomada da decisão de mudar. Segundo Maria José Bretas Pereira, consultora mineira, “A palavra crise (do grego krisis) significa momento de decisão”.
São esses momentos que nos impõem a necessidade de ter flexibilidade para lidar com cenários diversos e complexos, o que está sendo, cada vez mais, uma competência muito valorizada no mercado de trabalho. Outro componente desse cenário é a rapidez com que incorporamos as novas necessidades e demandas profissionais. Nesse sentido, quem desenvolve a flexibilidade consegue perceber mais facilmente as oportunidades trazidas pela crise, em vez de se apegar ao desconhecido e se deixar paralisar.
Durante esses períodos, é comum que as pessoas fiquem mais receosas; a insegurança gerada pelas mudanças e o medo de perder o emprego ficam mais evidentes. Mas é importante lembrar que profissionais flexíveis, criativos e focados na busca por resultados imediatos são cada vez mais valorizados pelas organizações.
Muitas pessoas se acomodam em atividades que dominam e que lhes trouxeram sucesso por um determinado tempo, mas é preciso rever posturas e posicionamentos; caso contrário, os profissionais que não acompanham as mudanças tendem a ficar para trás e, por consequência, “desaparecer”. Como já dizia o naturalista inglês Charles Darwin, “Não é a mais forte das espécies que sobrevive nem a mais inteligente: é aquela que é mais adaptável à mudança”. Essa necessidade se dá por uma questão de sobrevivência. Afinal, tudo à volta da organização está constantemente mudando num ritmo bastante acelerado, o que requer, sobretudo, capacidade de adaptação.
Por isso, é necessário enfrentar o medo do desconhecido, reação comum nos processos de mudança, e adotar uma postura mais proativa e necessária num momento de transformações. Profissionais com a capacidade de se adequar aos mais variados ambientes poderão atuar como um agente facilitador nas ações de mudanças internas na empresa, por terem características de fácil absorção de situações críticas, não se deixando abater pelo momento adverso. Mas não basta apenas ter a capacidade de se adaptar, é preciso ter vontade e coragem para mudar aquilo que não satisfaz mais. Como já dizia Dão Silveira, empresário paraibano, “Quem tem vontade já tem a metade”.
Por fim, algumas recomendações facilitadoras para que se obtenha sucesso no processo de mudança:
(a) Aceitar a mudança e entender que, para superar momentos difíceis, a adaptação é ainda mais importante.
(b) Aproveitar o momento e encará-lo como oportunidade para adquirir novos conhecimentos, inovar, buscar se atualizar e aprender algo novo constantemente. “A maneira mais eficiente de lidar com o momento atual é estar em movimento permanente — aprendendo sempre, inovando e desenvolvendo novas competências”, Eugênio Mussak, educador, escritor e palestrante na área de RH.
(c) Desapegar-se dos modelos do passado e reformulá-los. É fundamental saber adequar objetivos, projetos e planos à realidade que se apresenta, sempre visando à melhoria do desempenho e, consequentemente, a melhores resultados. “Empresários fracassam em seus negócios porque gostam tanto dos velhos métodos que não conseguem mudar”, Henry Ford, 1863–1947, empresário norte-americano.
(d) Atuar como agente facilitador das mudanças; com habilidade para mobilizar e envolver as pessoas.
(e) Por último, mas não menos importante, ter disponibilidade e curiosidade para aprender é fundamental para se engajar numa trajetória de mudanças.