A comunicação das empresas passou por uma enorme transformação. Antes, o papel do comunicador era apenas o de porta-voz de uma marca; agora, esse profissional é participante ativo do planejamento, das estratégias e dos negócios. Ele é o responsável por levar, aos mais diversos setores da companhia e à sociedade, o selo da empresa. Devido às mudanças no ambiente de negócios, cada vez mais globalizado, as mídias sociais tomam uma nova proporção no mercado. 

 

Em recente discussão promovida pela Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje), foram debatidos alguns pontos relevantes neste novo cenário. O primeiro foram os impactos que as mudanças políticas e econômicas exercem sobre a comunicação. Esse processo faz com que os profissionais se aprimorem tanto em comunicação como no que diz respeito à estratégia e visão global do mercado e da concorrência do seu cliente. As mídias facilitam esse processo, alinhando os pontos de contato e gerando uma visão diferenciada sobre a construção da imagem projetada pela empresa. O funcionário é o guardião da reputação da companhia, e a comunicação é sua maior arma, porém ela também pode gerar más consequências. 

 

Uma multimarca se utiliza da reputação de sua imagem para vender seu serviço ou produto. Tudo depende da gestão da empresa em relação à publicidade gerada pelas mídias. Ainda mais devido à globalização que as redes sociais exercem na sociedade atual. Ou seja, o bom gerenciamento do core business (parte principal do negócio, ponto forte da empresa, que deve ser trabalhado estrategicamente, baseado em fatores importantes como seus clientes, produtos, tecnologia, mercado) na mídia é a chave para o retorno financeiro.

 

Apesar de as redes sociais serem um importante mecanismo de divulgação, elas também podem gerar riscos. Sendo assim, é importante, para o gestor da comunicação, mapear os riscos que podem surgir a partir de determinadas medidas para, só depois de analisá-los, poder assumi-los.

 

A preocupação com a comunicação tem se tornado cada vez mais importante no mundo corporativo. Uma boa empresa trata bem seus funcionários e desperta seus interesses, até chegar ao ponto em que eles passam a ser voz ativa nas redes sociais, apoiando e defendendo a imagem da empresa. Pois, às vezes, é difícil separar a vida pessoal e o trabalho. São várias as leis que protegem o empregado nas redes sociais, devido ao fato de aquele ser um espaço privado. Sendo assim, ter uma boa relação com seus funcionários ameniza a repercussão dos efeitos de crises da companhia, protegendo a imagem da marca.

 

Outro fator importante para o gestor é trabalhar com a linguagem mais voltada para os negócios, pois nessa área é fundamental mostrar que suas ações estão dando retorno. Uma forma de provar isso é mostrando os resultados alcançados, seja em forma de matérias publicadas ou pela contagem dos centímetros das colunas. Para se obter os resultados esperados, é necessário ter organização e trabalhar na raiz da gestão.

 

A cada dia, o mundo se torna mais globalizado, o que gera um desafio no diálogo. As informações são cada vez mais superficiais. Um dos desafios para o novo comunicador é fazer com que a troca de informações volte a ser mais densa. 

 

Um comunicador tem que pensar não só na imagem do seu cliente, mas também no mundo mercadológico como um todo. Ele precisa saber tanto de política, história, cultura, como também de antropologia. Ser um profissional multidisciplinar. Prestar atenção no posicionamento da marca, entender como se organiza (analisar os slogans, a história da marca) é fundamental. Hoje, o gestor de comunicação tem um papel maior nas empresas. O comunicador não só elabora a mensagem, ele previne a imagem da empresa diante das crises.