O maior investimento do grupo Fiat Chrysler no mundo está tomando forma em uma área de 600 mil m² de área construída, em um terreno de 11,6 milhões de m², no município de Goiana, em Pernambuco. Os números grandiosos que envolvem a construção da fábrica da Fiat Automóveis, centro do Polo Automotivo que está sendo instalado no Estado, foram apresentados na reunião mensal da Rede Gestão pelo diretor de Recursos Humanos da Fiat, Adauto Duarte. Prevista para iniciar a operação em 2015, a fábrica terá capacidade de produção de 250 mil carros por ano, gerando cerca de 4,5 mil empregos.

A fábrica será integrada a um parque de fornecedores composto por catorze empresas sistemistas (fornecedores de primeiro nível), que irão compor o Polo Automotivo, dotado ainda de centro de capacitação e treinamento, centro de pesquisa e desenvolvimento, pista de testes e campo de provas. Este último item é constituído por um conjunto de pistas com características técnicas específicas para servir de laboratório no desenvolvimento e validação de tecnologias veiculares. Será o único campo de provas da Fiat localizado fora da Itália.

Segundo Adauto Duarte, o projeto da Fiat tem concepção sustentável e engloba sistemas de tratamento de efluentes e resíduos biológicos para reaproveitamento da água consumida nos processos produtivos e recolhimento e segregação de resíduos sólidos para destinação ambientalmente correta. Além disso, utiliza sistemas de ventilação e de iluminação interna naturais. "Esses e outros processos serão implementados a fim de tornar a fábrica uma operação de baixo impacto ambiental, reproduzindo as melhores práticas consagradas no Sistema de Gestão Ambiental Fiat", assinalou.

A fábrica será um polo irradiador de capacitação de mão de obra não apenas para produzir automóveis, mas também para projetá-los e desenvolvê-los. Por isso, foi estabelecido acordo de qualificação de engenheiros, envolvendo universidades de Pernambuco e o Instituto Politécnico de Turim, para a formação de jovens engenheiros na tradicional instituição italiana, um dos mais renomados centros tecnológicos da Europa. Segundo o diretor de RH da Fiat, por seu poder irradiador sobre a economia, o mercado de trabalho, a educação e a qualificação, o Polo Automotivo projetará seus efeitos em toda a macrorregião através da geração de riquezas, de renda, de capacitação, de emprego, de melhoria da infraestrutura, da oferta de educação, da expansão da prestação de serviços, entre outros.

Um setor estratégico para a economia - O setor automotivo e sua cadeia produtiva respondem por mais de 5% do Produto Interno Bruto total do Brasil e por 23% do PIB industrial. É denominado indústria de indústrias tal a sua capacidade de estruturar em seu entorno parques de empresas transformadoras de matérias-primas e produtoras de componentes vinculados a inúmeros setores da economia, abrangendo toda a escala de complexidade tecnológica. A demanda de uma indústria automotiva vai do aço à eletrônica embarcada, de telecomunicações a inovações logísticas, de serviços de alimentação a centenas de distintos componentes. "Abre-se, portanto, um arco imenso de oportunidades para empregos, para empresas industriais e de serviços, para institutos e universidades, pois um polo automotivo demanda permanentemente soluções inovadoras e a criação de novas soluções de engenharia e tecnologias", assinalou.