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Boas Perspectivas para 2002

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Publicado em Sun Jan 06 16:54:00 UTC 2002 - Edição 172

Após um ano difícil, profissionais e organizações podem apostar em um 2002 melhor. Principalmente para quem souber investir no seu potencial e conseguir diferenciar-se. Essa é a opinião do consultor Francisco Cunha, da TGI (integrante da Rede Gestão) e do diretor da Faculdade Boa Viagem, George Diniz, entidades responsáveis pela Coluna Desafio 21. Na entrevista abaixo, eles avaliam o ano que acabou, falam das perspectivas para 2002 e do que é preciso para aperfeiçoar a competitividade no novo ano.

 

1. Qual sua avaliação do ano de 2001, do ponto de vista dos avanços, conquistas e/ou dificuldades para empresas e profissionais?

 

Francisco Cunha (TGI) - Foi um ano exigente. Inicialmente previsto como promissor, sofreu o impacto da crise de energia e dos atentados nos EUA. Isso afetou o ânimo dos consumidores e, por conseguinte, a demanda por produtos e serviços. As empresas sofreram essa quebra de expectativas e a coisa ficou feia para muita gente no início do segundo semestre. A sorte é que o drama inicial desses impactos se dissipou e chegamos ao final do ano, retomando o ânimo para o consumo. Tudo indica que as vendas no final de 2001 foram melhores que as de 2000.

 

George Diniz (Faculdade Boa Viagem) - Foi mais um ano difícil, de reestruturação econômica. O poder de compra da sociedade continua bem abaixo de anos anteriores, apesar da aparente reação neste fim de ano no varejo. Para nós da área de serviços, a inadimplência é uma questão crítica. Quanto aos profissionais, vejo que foi mais um ano de ratificação da necessidade da capacitação continuada. Neste sentido, estamos satisfeitos por poder contar com alguns dos melhores profissionais do mercado, tanto no colégio quanto na faculdade, e de saber que eles já incorporaram a cultura da aprendizagem continuada como um processo contínuo de qualificação.

 

2. Quais as expectativas para 2002?

 

Francisco Cunha - Do ponto de vista macroeconômico, 2002 deve ser um ano de igual para melhor que 2001. Se o racionamento de energia for abrandado e essa história de terrorismo for controlada, teremos boas perspectivas de crescimento. As eleições também ajudam na medida em que contribuem para maior circulação de dinheiro na economia. Aqui em Pernambuco temos que torcer também por um bom inverno para que seja mantida a perspectiva de crescimento igual ou maior que a do Brasil.

 

George Diniz - Apesar das dificuldades, boas. Embora haja uma incerteza muito grande, referente à guerra contra o terrorismo, à situação argentina, ao perigo do "apagão", entre outros, acredito que o Brasil está conseguindo, dentro da medida do possível, dar continuidade ao seu processo de estabilidade econômica, vide a manutenção do controle inflacionário, do crescimento da atração de investimentos internacionais e dos recentes resultados da balança comercial, por exemplo. Para nós, especificamente, o ano promete ser dos melhores. A faculdade irá crescer sensivelmente, com a mudança para a nova sede e a oferta de novos cursos no segundo semestre.

 

3. A que aspectos os profissionais e organizações devem estar atentos ou investir para aperfeiçoar sua competitividade neste novo ano?

 

Francisco Cunha - Principalmente as empresas e profissionais devem estar atentos, em termos de melhoria da sua capacidade competitiva, pela ordem: (1) ao caixa; (2) à qualidade dos produtos e serviços; (3) ao atendimento aos clientes; (4) aos movimentos da concorrência. Mas o principal mesmo é tentar conseguir uma vantagem competitiva única. Não é fácil mas deve ser tentada até conseguir.

 

George Diniz - Quanto à competitividade dos profissionais, eu resumiria na palavra "empregabilidade". Os profissionais precisam se diferenciar. Demonstrar atitudes inovadoras, idéias que contribuam com o crescimento das organizações, iniciativas para a solução (ou previsão) de problemas. E capacitarem-se constantemente. O conhecimento é a chave da empregabilidade neste século. Quanto às organizações, não existe segredo: o fundamental é oferecer o melhor produto/serviço para sua clientela e encontrar mecanismos para que esta perceba tal valor.


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