A partir de amanhã, entra em vigor o novo Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), que traz novas regras para a transferência de dinheiro de pessoas para empresas, entre empresas ou entre pessoas. A idéia é que a movimentação do dinheiro — por meio da compensação de cheques — passe a ocorrer em tempo real ou, no máximo, no mesmo dia e não mais de um dia para o outro. A princípio, pouca gente irá perceber as mudanças. Até agosto, só valores superiores a R$ 5 milhões — apenas 0,6% das transferências realizadas no País — passarão pelos novos canais do SPB. A partir daí, entretanto, todos os cheques com valor acima de R$ 5 mil obedecerão às novas regras.

O SPB começa a operar depois de três anos de estudos e quatro adiamentos. Os especialistas acreditam que as mudanças no sistema de compensação bancária provocarão impactos diferentes nas empresas, dependendo da situação de cada negócio. Quem gera recursos suficientes para cumprir as obrigações costumeiras poderá administrar a mudança simplesmente tomando mais cuidado com as entradas e saídas de dinheiro do caixa. O maior problema será para os gerentes financeiros que costumam lançar mão de manobras como transferências constantes de um banco para outro. Como o dinheiro passará a entrar e sair das contas em tempo real, é preciso cuidado redobrado para não ficar descoberto ou no vermelho.

Na prática, o sistema vai funcionar da seguinte forma: hoje, para receber o pagamento por cheque, a empresa tem que depositá-lo fisicamente na agência em que possui conta. Após o expediente, o cheque vai para a câmara de compensação, onde os dados são conferidos, e o dinheiro é transferido durante a noite. Apenas no dia seguinte — dependendo do valor do cheque, esse prazo pode ser de até 72 horas — a empresa terá o dinheiro disponível. Com o SPB, a movimentação passa a acontecer em tempo real ou, no máximo, no mesmo dia. Outra mudança é que, em vez de usar cheque, cheque administrativo ou DOC, o cliente terá que fazer uma Transferência Eletrônica Disponível (TED).

A Procenge, empresa pernambucana integrante da Rede Gestão, já fornece pioneiramente sistema de SPB para o Bradesco, o Unibanco, o Bank Boston e quinze outros bancos nacionais e estrangeiros em operação no País, além de desenvolver e distribuir para 300 empresas e 3.000 usuários o Pirâmide – Gestão Empresarial, sistema que integra toda a organização em tempo real e facilita muito a vida da empresa na vigência do SPB.

Para José de Alencar Pereira Neto, gerente comercial da Procenge, "O SPB é revolucionário e veio para ficar, implicando que as empresas que mantêm sistemas contábeis ágeis e atualizados absorverão melhor o impacto das mudanças e terão vantagens competitivas importantes frente às que funcionam de maneira arcaica."