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Epidemia que Vem pelo E-mail
Klez.H é o nome da praga virtual que está tirando o sono de muita gente nos últimos dez dias. Com uma capacidade de propagação que surpreendeu até os especialistas em segurança eletrônica, o vírus está contaminando dezenas de milhares de servidores ao redor do mundo e mostrou o seu poder de fogo também no Brasil. É difícil encontrar quem não tenha ainda sido vítima dele.
O sinal de alerta foram estranhos e-mails recebidos pelos usuários, semana passada, com remetentes e assuntos variados. Era o passaporte para o vírus entrar no computador, procurar novos endereços na lista de contatos do Windows e do ICQ e enviar e-mails contaminados a todos eles, disseminando-se rapidamente. Nesta entrevista, André Cardoso, da HSBS Soluções em Informática, integrante da Rede Gestão, fala sobre os danos causados pelos Klez.H e os cuidados para prevenir-se das pragas virtuais.
Como o vírus Klez.H infecta o computador?
Ele entra na máquina por meio de uma mensagem de e-mail, com ou sem arquivos anexos. A pessoa nem precisa abrir a mensagem para contaminar o computador.O programa aproveita uma falha de segurança do Internet Explorer 5.01 e 5.5 e, por isso, pode infectar a máquina apenas com a visualização da mensagem. Em seguida ele se espalha, copiando-se para todos os endereços eletrônicos cadastrados na agenda do Windows e para as pastas compartilhados em rede.
Como identificar se um e-mail recebido está ou não infectado?
No caso do Klez.H é difícil porque ele utiliza métodos variados. A mensagem pode ter um remetente conhecido ou desconhecido e o assunto também é aleatório. Ou seja, ele pode chegar disfarçado sob qualquer nome ou assunto. De uma forma geral, a regra básica para defender-se de vírus é não abrir a mensagem caso não conheça o remetente ou desconfie do conteúdo.
Que danos ele pode causar?
O Klez.H não tem um grande poder de destruição. O que impressiona, neste caso, é a velocidade assustadora, nunca vista antes, com que ele se propaga. Pode trazer problemas ao servidor de e-mail, sobrecarregando-o, tornando-o mais lento ou mesmo impedindo o recebimento e o envio de mensagens. Em alguns casos, quando aberto, o Klez.H instala uma cópia do vírus W32.Elkern, que infecta arquivos compartilhados em rede e pode travar o sistema.
Como se proteger?
O ideal é que o Internet Explorer esteja sempre atualizado para que o vírus não encontre possíveis falhas de segurança. É preciso muito cuidado, pois esse vírus parece ser mais eficiente na desativação dos antivírus do que nas variantes anteriores. Quem mantém computadores em rede deve evitar o compartilhamento de pastas e arquivos. Mas o principal é manter um programa antivírus atualizado diariamente. Para quem está em rede essa atualização deve partir sempre do servidor e não individualmente de cada máquina. Isso torna a atualização mais fácil e deixa o sistema menos suscetível ao ataque.
