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Redesign de Marcas (2/4)
Publicado em Sun Jun 16 23:28:00 UTC 2002 - Edição 195São basicamente quatro as possibilidades de graus de mudança pelas quais uma marca pode passar num processo de Redesign:
1. Nenhuma mudança na marca, só no entorno.
Esse é o caminho adotado por algumas das maiores empresas do mundo. Geralmente, é a única solução encontrada para modernizar sua imagem, já que o público não aceita mudanças em suas identidades corporativas. O caso mais bem-sucedido dessa estratégia é o da Coca-Cola. Outros exemplos são: IBM, Citibank, Kodak, Ford, Nestlé e Ferreira Costa.
Coca-Cola, mesma marca, aplicada de formas e tempos diferentes
2. Mudança sutil.
Uma estratégia muito comum é o planejamento de pequenas mudanças, de tempos em tempos, permitindo a modernização da marca sem que os consumidores percebam. Um caso de sucesso desse tipo de Redesign é o da Shell, cuja marca vem passando por sucessivas mudanças desde 1990. Outras empresas que utilizam essa estratégia são a Renault, a Petrobras, a Moura, a Honda e o Bompreço.
Identidade Visual (anterior/esquerda) e marca após redesign (atual/direita)
3. Mudança parcial.
Normalmente adotada por empresas que apresentam problemas com a qualidade de sua imagem. Nesses casos, a nova marca a ser criada deve apresentar mudanças, sinalizando os novos conceitos e objetivos da empresa, mas mantendo uma forte identidade com a marca anterior. Exemplos: Pepsi, Nikkon, 3M, Transbrasil e Unicordis.
Evolução durante os anos da marca de 3M
4. Mudança total.
Essa é a opção adotada por empresas que estão tendo graves problemas de aceitação junto aos seus consumidores ou apresentando uma imagem completamente defasada em relação aos seus concorrentes e ao segmento onde atuam. Nesses casos, a marca deve buscar um distanciamento total da marca anterior, sinalizando claramente as mudanças para o mercado. Um dos casos mais conhecidos é o do Bradesco, que modificou totalmente sua marca. Um outro caso, este muito polêmico, foi a tentativa de mudança da marca Petrobras para Petrobrax. Outros exemplos: British Airways, Souza Cruz, D’Oxido e Supermercado Nordestão.