Se existe um entendimento disseminado hoje nas organizações é que apenas equipes qualificadas, motivadas e comprometidas são capazes de ajudar a empresa a construir seu diferencial competitivo, tornando-a capaz de responder às exigências cada vez maiores do mercado.

Essa nova realidade vem transformando o perfil do profissional responsável pela área de Recursos Humanos nas empresas. Às ações tradicionalmente associadas ao RH - como administração, recrutamento, seleção e treinamento de pessoal - somam-se, hoje, novas atividades e desafios, baseados na necessidade de uma atuação mais estratégica junto à organização. Perde espaço o RH com postura meramente operacional e entra em cena um profissional mais comprometido em criar resultados para toda a organização, com o objetivo permanente de assessorar os gestores de forma estratégica, buscando as melhores opções para gerenciar as pessoas, em função dos desafios da condução dos negócios.

"O profissional deve pensar a área de RH como uma empresa de prestação de serviços, cujo mercado é a organização em que está inserida", observa a consultora Cármen Cardoso, da TGI Consultoria em Gestão. Esse compromisso com os resultados exige que o RH seja capaz de explorar múltiplas competências.

"O grande desafio da Gestão de RH é conseguir mobilizar os indivíduos e grupos de trabalho com o objetivo de desenvolver da melhor forma possível suas capacidades", assinala Cármen. Ao mesmo tempo, o profissional precisa também apoiar os gestores no uso de ferramentas que permitam um exercício mais consistente da liderança das equipes. "É importante estimular o desenvolvimento da autonomia e da co-responsabilidade, em um clima de entusiasmo, compromisso e realização profissional".

Para dar conta dessa missão, o profissional de RH precisa saber lidar com a dimensão psicossocial das relações de trabalho, atuando junto aos grupos para facilitar o desenvolvimento de novas atitudes e promovendo, muitas vezes, mudanças culturais dentro da organização. Seu foco deve ser a melhoria das relações entre a empresa e o empregado com repercussão sobre o desempenho e a produtividade das equipes.

 Apoiando o corpo gerencial na execução das políticas de gestão de RH, sua função é mais de assessor. Neste caso, sua ação se concentra, com maior ênfase, na promoção de atividades que dêem sustentação ao crescimento e à consolidação do projeto organizacional; no reforço da competitividade e da eficácia; e no desenvolvimento de condições que tornem a organização cada vez mais atrativa para todos que dela participam.