Você já pensou no modo em que sua empresa remunera os funcionários? O sistema de remuneração tradicional, baseado apenas no salário, vem perdendo espaço nos últimos anos para novas formas de remuneração que, mais competitivas, terminam por gerar mais retornos para a organização. Em muitas empresas, além do salário fixo mensal, os empregados recebem, também, outros ganhos indiretos, resultados de formas de remuneração estratégica, baseadas em seu desempenho e/ou nos resultados obtidos.

Essa nova forma de remuneração traz, na sua essência, a discussão sobre as diversas possibilidades de participação do empregado nos lucros ou resultados da empresa. Há várias maneiras de definir uma política salarial baseada nesse princípio, mas um ponto é consenso: a participação dos empregados nos resultados gera equipes mais motivadas, engajadas e, conseqüentemente, mais produtivas.

O estabelecimento dessa forma de remuneração é fator diferencial para a empresa que quer se manter competitiva no mercado. Mas isso pressupõe um modelo de gestão mais participativo, pois é necessário o estabelecimento de mecanismos que garantam, em todas as fases, da implantação ao acompanhamento, o envolvimento de todos os segmentos da empresa.

Para o estabelecimento dessa política de remuneração estratégica, é necessário considerar alguns aspectos, como: (1) a implantação de um controle sistemático da gestão financeira; (2) o conhecimento do percentual do lucro real do negócio; (3) sistema de informações gerenciais; (4) construção, junto com a equipe, de parâmetros e critérios de participação nos lucros ou resultados; e (5) estrutura e práticas sistematizadas de gestão.

 A implantação de qualquer política de remuneração variável deve levar em conta não só a recompensa monetária, mas também aspectos às vezes pouco valorizados, como a identificação da pessoa com a tarefa que ela desenvolve. Nesse caso, só a remuneração não é suficiente para promover a satisfação do empregado.

Dessa forma, no estabelecimento da remuneração estratégica, é importante definir uma sistemática de acompanhamento do nível de satisfação do empregado com a tarefa realizada. Isso permite que sejam feitos os ajustes necessários, garantindo, além da satisfação financeira do empregado, sua satisfação profissional. E, também, melhores resultados para as empresas.