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Sua Empresa Está Pronta para a Terceirização Eficiente? (2/2)

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Publicado em Sun Aug 24 18:57:00 UTC 2003 - Edição 257

A terceirização não deve ser usada para encobrir deficiências ou alcançar de forma imediata as metas de lucratividade das empresas, pois assim os objetivos futuros poderão ser comprometidos.


 
As empresas devem ter as condições mínimas para que essa prática seja realmente efetiva e não subutilizada incorrendo em um insucesso. Necessita de um ambiente propício para ser realmente eficaz. Dessa forma as atividades estratégicas, gerenciais e operacionais permitirão uma eficaz aplicação da prática da terceirização.

 

Também uma condição para que a terceirização se consolide é que os prestadores de serviços estejam também preparados para assumir o papel de provedores de serviços profissionais de qualidade e a preços competitivos.

 

Primeiramente, as empresas devem articular e implantar uma estratégia para implementar a terceirização. Os seus gestores devem responder a questões como: a estratégia da terceirização está alinhada às minhas necessidades mercadológicas, estruturais e operacionais? Tenho bem claros quais são os motivadores que estão me movimentando na direção de utilização da terceirização (os motivadores mais comuns são: redução de custos, eficiência na utilização dos ativos, melhorar o nível de serviço ao cliente, obter vantagem competitiva, manter foco no negócio)? Qual é o nível de integração que desejo formar com o meu parceiro? Existe alguma empresa capaz de fornecer o serviço que desejo e ao preço adequado? Quais as áreas da minha cadeia de valor que desejo terceirizar e quais as razões?

 

Depois de respondidas as questões acima, as empresas estarão aptas para um segundo passo, que é estruturação e formalização dos planejamentos, processos e operações de forma analítica e baseada em ferramentas. Estas ferramentas visam estabelecer diretrizes gerais para o relacionamento. São eles: estabelecimento de procedimentos e métodos relativos às atividades terceirizadas; definição de indicadores de desempenho claros e acordados entre as partes; política para troca de informações quanto ao plano de comunicação e a forma; nível de formalização contratual exigido e a política de investimentos e seus financiadores.

 

Logo em seguida devem ser verificadas a tecnologia da informação disponível e a necessária para suportar as definições dos passos anteriores. Pois a integração completa entre as empresas tem que, necessariamente, ser suportada por uma tecnologia da informação que permita uma troca de informações entre a empresa e o provedor do serviço de forma a ter-se um efetivo planejamento, execução e controle das operações conforme contratado. Essa mudança ainda deve ser realizada dentro da política de troca de dados e informações planejados e de forma segura.

 

Por último as empresas que desejem praticar a terceirização devem ter o planejamento e a avaliação dos seus resultados na pauta dos principais executivos da instituição. A participação da alta diretoria na elaboração da estratégia e avaliação dos resultados é de fundamental importância para respaldar a prática e garantir a sua valorização por parte dos envolvidos no processo, visto que muitos casos de insucesso já ocorreram por não se levar em consideração o papel fundamental do planejamento e o gerenciamento do modelo de terceirização.

 

Após essas etapas, as empresas poderão praticar a terceirização de forma efetiva e com grandes possibilidades de retornos quantitativos e qualitativos sobre os investimentos realizados.

 

Assim, fica bem claro que a terceirização não é por si só um passe para uma performance superior, mas uma etapa posterior que deve ser precedida de uma estruturação interna com a finalidade de primeiramente obter um nível de eficácia que habilite as empresas a darem o passo seguinte na busca da eficiência/eficácia empresarial.


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