Perguntava Caetano Veloso na canção "Alegria, Alegria", composta no início dos anos setenta. Qual não seria o seu espanto caso se deparasse, há vinte anos, com a quantidade de informação disponibilizada ao leitor comum e, em especial, a administradores, executivos e empresários, nesses tempos de globalização. Afinal, estar bem informado deixou de ser uma opção pessoal para tornar-se questão de sobrevivência empresarial. O aumento da competição e da concorrência criou um arsenal praticamente ilimitado de novas fontes e veículos de informação. Ao mesmo tempo, trouxe a reboque um dilema: em uma época na qual as pessoas têm cada vez menos tempo para ler e informar-se, como ter acesso às informações realmente importantes, aquelas que, de fato, auxiliam na tomada de decisões? Como separar o joio do trigo? O médico e empresário Boris Berenstein sintetiza o desafio enfrentado por todos os que consideram a informação um diferencial competitivo. "Quem tem informação, tem poder", diz ele, que costuma ler jornais, revistas especializadas, livros técnicos e consultar a Internet para manter-se atualizado.

Para Berenstein, é imprescindível cercar-se, ao máximo, de informações importantes, vindas de fontes confiáveis. "Ninguém pode mais se dar ao luxo de tomar decisões com base apenas na intuição", analisa. Sua tarefa diária: filtrar o que é uma mera tendência daquilo que é informação realmente relevante, capaz de ajudar a saber exatamente onde ele - e a concorrência - estão pisando. Ser seletivo, buscando sempre fontes confiáveis e informações de qualidade é o primeiro passo para lidar com essa realidade. É com essa proposta que surge a primeira edição de Gestão & Competitividade, coluna publicada semanalmente, a partir de hoje. Um espaço aberto para divulgação, análise, opinião e debates de temas ligados à gestão empresarial e à competitividade, destinado a todos os que se preocupam com o aperfeiçoamento e a profissionalização das empresas e da sua gestão, encarando a informação como, de fato, um diferencial competitivo.