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Por que a empresa não é uma orquestra
Publicado em Sun Oct 18 15:52:00 UTC 1998 - Edição 6
Entre os mitos que povoam o imaginário de grande parte dos profissionais que têm responsabilidade gerencial está a idéia de que a empresa deve funcionar como uma orquestra e que cabe ao gerente o papel de regente deste grande grupo. A comparação é antiga e, aproveitando o tema, desafinada. Empresas competitivas pouco ou nada têm a ver com a estrutura de orquestras, nas quais os músicos seguem rigorosamente uma pauta preestabelecida, sob pena de comprometer toda a sintonia, à menor tentativa de inovar nas notas ou acordes.
Para a consultora Fátima Guimarães, da TGI Consultoria em Gestão, integrante da Rede Gestão, exigir que a empresa funcione com a mesma harmonia que caracteriza uma boa orquestra é um erro básico, muito comum nas organizações. "Na orquestra, sob a batuta do maestro, todos sabem exatamente o que devem fazer e não há espaço para questionamentos, conflitos ou discussões", observa. Nas empresas, diz Fátima, por mais sistematizados que sejam os procedimentos, há sempre a necessidade de adaptações e ajustes de rota para fazer face às mudanças externas e à dinâmica da equipe.
Outro ponto que diferencia fortemente a orquestra da empresa: a pouca semelhança entre os papéis de regente e gerente. Na orquestra - e em algumas empresas - ele é uma referência onipresente, comandando todas as etapas, cobrando o cumprimento fiel da pauta. É o maior responsável tanto pelos erros como pelo fracasso de seus músicos e subordinados.
"Na empresa competitiva, o gerente atua delegando, compartilhando responsabilidades e não cobrando obediência cega a uma pauta preestabelecida", ressalta a consultora. Sem abrir mão de sua autoridade, o gerente dá o "tom" do processo, negociando com a equipe os resultados desejados. Dessa forma, ele não só abre espaço para a criatividade como também estimula inovações, apoiando a equipe no desenvolvimentos de sua própria autonomia.
O gerente bem sucedido está longe de ser o maestro que, isolado em seu pedestal, acompanha minuciosamente cada nota executada. Ele está mais próximo de um band leader que, de dentro do próprio grupo e de modo compartilhado, pode comandar o seu sucesso.
Para a consultora Fátima Guimarães, da TGI Consultoria em Gestão, integrante da Rede Gestão, exigir que a empresa funcione com a mesma harmonia que caracteriza uma boa orquestra é um erro básico, muito comum nas organizações. "Na orquestra, sob a batuta do maestro, todos sabem exatamente o que devem fazer e não há espaço para questionamentos, conflitos ou discussões", observa. Nas empresas, diz Fátima, por mais sistematizados que sejam os procedimentos, há sempre a necessidade de adaptações e ajustes de rota para fazer face às mudanças externas e à dinâmica da equipe.
Outro ponto que diferencia fortemente a orquestra da empresa: a pouca semelhança entre os papéis de regente e gerente. Na orquestra - e em algumas empresas - ele é uma referência onipresente, comandando todas as etapas, cobrando o cumprimento fiel da pauta. É o maior responsável tanto pelos erros como pelo fracasso de seus músicos e subordinados.
"Na empresa competitiva, o gerente atua delegando, compartilhando responsabilidades e não cobrando obediência cega a uma pauta preestabelecida", ressalta a consultora. Sem abrir mão de sua autoridade, o gerente dá o "tom" do processo, negociando com a equipe os resultados desejados. Dessa forma, ele não só abre espaço para a criatividade como também estimula inovações, apoiando a equipe no desenvolvimentos de sua própria autonomia.
O gerente bem sucedido está longe de ser o maestro que, isolado em seu pedestal, acompanha minuciosamente cada nota executada. Ele está mais próximo de um band leader que, de dentro do próprio grupo e de modo compartilhado, pode comandar o seu sucesso.