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Não ao negativismo generalizado!
Publicado em Sun Nov 01 16:04:00 UTC 1998 - Edição 8
Mais do que por uma crise financeira ou econômica, as organizações e empresas parecem estar passando, também, por uma crise emocional. Por fatores que vão além de explicações técnicas - instabilidade das bolsas, alta de juros, globalização, aumento da competição - empresários, empreendedores e profissionais, de forma geral, vivem um momento mais ou menos generalizado de pessimismo. "É impressionante a retração que ocorre nas organizações, não propriamente pela situação real das empresas, mas pela absorção de uma visão extremamente negativa disseminada pela mídia", observa a Gerente de Consultoria da JCR & Calado, Larissa Azevedo de Araújo.
Segundo ela, o clima de "terror" e as especulações sobre quem será a "próxima vítima" trazem conseqüências danosas."Na Ásia, por exemplo, houve reduções de encomendas no setor químico, o que gerou excedente de matérias primas em todo o mundo. Essa redução de compras postergou a inauguração de muitas fábricas, resultando em mais retração das vendas e desemprego. É um círculo vicioso", comenta.
O pessimismo generalizado faz com que as pessoas, ao invés de buscarem, como seria necessário, soluções criativas para a crise, fiquem imobilizadas, à espera do pior. Preocupadas com a alta de juros, com os ataques especulativos ao Real e com o pacote de medidas do Governo, as pessoas tendem a adotar posturas demasiado defensivas, ajudando a agravar o quadro. "O negativismo provoca, até mesmo, uma curiosa amnésia, que faz com que esqueçamos casos como os do Grupo Martins, Distribuidora de Bebidas Guararapes e Seaway, entre inúmeras outras empresas, para citar as mais próximas, que obtiveram seus grandes booms e sucesso em épocas de crise", constata.
Moral da história, segundo Larissa Azevedo: é preciso evitar o desespero e o negativismo generalizado. Sem cair, todavia, no erro oposto: o da utopia. É preciso equilíbrio para fazer uma avaliação real (e criativa) do mercado, aliada a um planejamento estratégico eficaz. "Faça, aja, aconteça e saia na frente, levando o País junto", aconselha. Caso contrário, as coisas vão ficar, de fato, pretas. Como diz Millôr Fernades, "aquele que reconhece que perdeu, está perdido".
Segundo ela, o clima de "terror" e as especulações sobre quem será a "próxima vítima" trazem conseqüências danosas."Na Ásia, por exemplo, houve reduções de encomendas no setor químico, o que gerou excedente de matérias primas em todo o mundo. Essa redução de compras postergou a inauguração de muitas fábricas, resultando em mais retração das vendas e desemprego. É um círculo vicioso", comenta.
O pessimismo generalizado faz com que as pessoas, ao invés de buscarem, como seria necessário, soluções criativas para a crise, fiquem imobilizadas, à espera do pior. Preocupadas com a alta de juros, com os ataques especulativos ao Real e com o pacote de medidas do Governo, as pessoas tendem a adotar posturas demasiado defensivas, ajudando a agravar o quadro. "O negativismo provoca, até mesmo, uma curiosa amnésia, que faz com que esqueçamos casos como os do Grupo Martins, Distribuidora de Bebidas Guararapes e Seaway, entre inúmeras outras empresas, para citar as mais próximas, que obtiveram seus grandes booms e sucesso em épocas de crise", constata.
Moral da história, segundo Larissa Azevedo: é preciso evitar o desespero e o negativismo generalizado. Sem cair, todavia, no erro oposto: o da utopia. É preciso equilíbrio para fazer uma avaliação real (e criativa) do mercado, aliada a um planejamento estratégico eficaz. "Faça, aja, aconteça e saia na frente, levando o País junto", aconselha. Caso contrário, as coisas vão ficar, de fato, pretas. Como diz Millôr Fernades, "aquele que reconhece que perdeu, está perdido".