Conduzir uma empresa ou organização em tempos tão turbulentos como os atuais é um desafio que exige cada vez mais habilidade. O mercado está cheio de exemplos de empresas que sequer conseguem comemorar seu primeiro ano de atividades e de marcas que em um dia parecem exemplos de solidez e, no outro, se desfazem como poeira. Uma lição pode ser extraída destas experiências. Quem quiser sobreviver em um mercado onde os desafios tornam-se cada vez maiores tem, obrigatoriamente, que profissionalizar sua gestão, buscando estratégias eficientes que consigam não só conduzir a empresa ao sucesso - mas mantê-la no posto com cadeira cativa. Nesse cenário, a consultoria tem sido uma alternativa cada vez mais procurada por quem pretende aperfeiçoar sua capacidade competitiva. Entretanto, como em qualquer atividade, é preciso toda atenção na hora de escolher e contratar uma consultoria, para que o trabalho traga resultados concretos e positivos para a empresa.

Segundo Niege Chaves Rufino Ferreira, Diretora Executiva da Rodoviária Metropolitana, empresa de transporte de passageiros na Região Metropolitana do Recife, que considera "muito positiva" sua experiência com consultoria, o ideal é que o empresário, ao buscar o apoio de um consultor, tenha consciência que precisa mudar e, acima de tudo, tenha vontade de realizar estas mudanças. Niege ressalta um ponto nem sempre muito claro para quem está contratando o serviço de consultores: não se deve achar que o consultor vai chegar com uma receita pronta, ditar novas normas, definir sozinho o que é certo ou errado e, como num passe de mágica, resolver os problemas e criar resultados excelentes. Para ela, o papel do consultor é ajudar na construção de uma nova estratégia, no desenvolvimento de métodos e processos de gestão mais eficientes, no aperfeiçoamento da qualidade, no desenvolvimento de equipes de trabalho mais competitivas. Entretanto, é preciso que o gerente, o diretor, o empresário, enfim, o contratante, esteja sempre à frente do processo.

Na hora de contratar uma consultoria, é necessário conhecer bem o terreno onde se está pisando. Desconfiar das "fórmulas mágicas" é um bom começo. Um trabalho sério começa com um diagnóstico honesto da gestão da empresa, a partir de onde o consultor vai poder identificar os pontos fortes e fracos e formular uma estratégia específica para cada caso. Soluções prontas ou aplicação burocrática de conceitos normalmente resultam naqueles velhos relatórios, cuja única utilidade é mofar nas prateleiras ou no fundo das gavetas da diretoria.

Mais um desafio: Como identificar consultorias sérias e confiáveis, separando o joio do trigo? "Boa reputação" é um critério bastante eficiente. O ideal, de acordo com Niege, é optar por empresas com posição consolidada no mercado, que tenham experiência, sejam conhecidas e tenham um bom conceito entre os seus clientes. Uma escolha criteriosa é fundamental para que a experiência seja bem sucedida.