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Idade e mercado de trabalho
Publicado em Sun Sep 09 15:27:00 UTC 2001 - Edição 154
Para quem já passou dos quarenta anos, conseguir uma boa colocação no mercado de trabalho exige uma grande dose de perseverança. No Brasil, o preconceito em relação à idade faz com que as chances de obter um bom emprego diminuam à medida em que os anos passam e a experiência aumenta. "Enquanto em outros países a experiência é um ativo pessoal, no Brasil é um passivo profissional", constata a consultora Georgina Santos, da Ágilis Consultoria, integrante da Rede Gestão.
Na opinião da consultora, a idade traz diferenciais importantes como o acúmulo de conhecimento e melhor capacidade de enfrentar situações diversas, já vivenciadas anteriormente no ambiente de trabalho. No entanto, observa, a nossa cultura valoriza pouco essas características, destacando bem mais os aspectos negativos do profissional de meia idade, como a maior proximidade da aposentaria ou o fato de ter "menos pique e energia" que colegas mais novos. Essa atitude, ainda muito comum pode, segundo Georgina, repercutir negativamente no desempenho da organização. "Uma equipe de trabalho focada no conceito de times competitivos deve ter espaço para jovens talentos e também contar com profissionais mais maduros e experientes", orienta . "É dessa diversidade que forma-se o diferencial, tão necessário nesses tempos de extrema competição".
Os profissionais que já entraram na casa dos "enta" também devem estar atentos para não cometer erros que reforcem o preconceito já existente. É preciso adotar uma postura profissional diferenciada, mais flexível e aberta a inovações. "O terror do empresário é aquele profissional que acha que já sabe tudo, tem as soluções prontas e pouca disponibilidade para aprender ou inovar", diz Georgina. Claro que a experiência é fundamental, mas é preciso ter flexibilidade para lidar com novas situações, sem carregar o "ranço" das experiências anteriores.
Por enquanto, a discriminação a profissionais que já passaram dos quarenta ainda é um fato comum nas empresas brasileiras. Edilanne Macedo, 42 anos, é um exemplo dessa realidade. Depois de trabalhar 25 anos nas áreas financeira e administrativa de diversas empresas, enfrentou uma enorme dificuldade em recolocar-se no mercado de trabalho. "Participei de inúmeras entrevistas, me cadastrei em várias agências de empregos mas, apesar de minha grande experiência, sempre esbarrei na o limite da idade", conta. "Infelizmente, nosso país condecora seus filhos quarentões com a medalha da inutilidade".
Na opinião da consultora, a idade traz diferenciais importantes como o acúmulo de conhecimento e melhor capacidade de enfrentar situações diversas, já vivenciadas anteriormente no ambiente de trabalho. No entanto, observa, a nossa cultura valoriza pouco essas características, destacando bem mais os aspectos negativos do profissional de meia idade, como a maior proximidade da aposentaria ou o fato de ter "menos pique e energia" que colegas mais novos. Essa atitude, ainda muito comum pode, segundo Georgina, repercutir negativamente no desempenho da organização. "Uma equipe de trabalho focada no conceito de times competitivos deve ter espaço para jovens talentos e também contar com profissionais mais maduros e experientes", orienta . "É dessa diversidade que forma-se o diferencial, tão necessário nesses tempos de extrema competição".
Os profissionais que já entraram na casa dos "enta" também devem estar atentos para não cometer erros que reforcem o preconceito já existente. É preciso adotar uma postura profissional diferenciada, mais flexível e aberta a inovações. "O terror do empresário é aquele profissional que acha que já sabe tudo, tem as soluções prontas e pouca disponibilidade para aprender ou inovar", diz Georgina. Claro que a experiência é fundamental, mas é preciso ter flexibilidade para lidar com novas situações, sem carregar o "ranço" das experiências anteriores.
Por enquanto, a discriminação a profissionais que já passaram dos quarenta ainda é um fato comum nas empresas brasileiras. Edilanne Macedo, 42 anos, é um exemplo dessa realidade. Depois de trabalhar 25 anos nas áreas financeira e administrativa de diversas empresas, enfrentou uma enorme dificuldade em recolocar-se no mercado de trabalho. "Participei de inúmeras entrevistas, me cadastrei em várias agências de empregos mas, apesar de minha grande experiência, sempre esbarrei na o limite da idade", conta. "Infelizmente, nosso país condecora seus filhos quarentões com a medalha da inutilidade".