Em um mercado cada vez mais global e competitivo, as empresas que quiserem garantir sua sobrevivência e continuar crescendo precisam se preocupar com a eficiência de seus controles internos. Um acompanhamento adequado pode ajudar a empresa a reduzir custos, evitar desperdícios ou mesmo diminuir as possibilidades de fraudes, tornando-a mais competitiva. A Coluna Desafio 21 inicia hoje uma série de três matérias sobre Auditoria Interna, produzida pela equipe da Bernhoeft Consultoria Contábil. O objetivo é mostrar a importância desses mecanismos de controle para a saúde das empresas e organizações.

Muitas empresas adotam a auditoria interna como fer-ramenta de controle de seus processos. Modernamente, pode-se definir esse tipo de auditoria como o estudo e a avaliação sistemática das transações realizadas e de seus respectivos registros. Sua prin-cipal finalidade é determinar até que ponto existe confor-midade entre essas transações e os cri-térios preestabele-cidos pela empresa.

Esse tipo de auditoria surgiu no final da II Guerra Mundial, com objetivos muito mais amplos que a auditoria contábil ou externa, uma vez que não há uma fonte autorizada que lhe forneça critérios para servir de base à sua atuação. É executada por uma variedade de profissionais, que podem ser funcionários da empresa ou contratados para prestar serviços específicos. O auditor interno, quando funcionário, deve estar subordinado à mais alta autoridade da empresa, de modo a permitir ampla liberdade de ação e máxima independência de julgamento. É um erro subordiná-lo a áreas específicas como contabilidade, setor financeiro ou controladoria, o que é muito comum na atualidade. Essas áreas são justamente o objeto de fiscalização dos auditores internos.

Entretanto, é preciso considerar a circunstância de que, mesmo quando o auditor interno está ligado à cúpula dirigente, sua condição de empregado da organização lhe tira uma razoável parcela de independência, pro-vocando certa ini-bição para a reali-zação de determi-nadas tarefas de fiscalização. Esse fato vem provocando a procura de audi-torias internas ou operacionais de empresas especia-lizadas nesse tipo de prestação de serviço.

Ao examinar o sistema de controles internos de uma empresa, o auditor interno sugere me-didas que possam contribuir para o seu aperfeiçoamento, re-duzindo desperdícios e aumentando a eficiência operacio-nal, uma vez que o objetivo primordial é o aperfeiçoamento e o efetivo cumprimento, tal como inicialmente planejado pela empresa, não se restringindo às demonstrações contábeis. O auditor está sempre alerta, a fim de detectar e informar fatos e questões que devem merecer especial atenção da autoridade administrativa da entidade.

Na próxima semana, vamos abordar as principais dificuldades encontradas no dia-a-dia do trabalho de auditoria em áreas específicas de empresas e dar dicas de como superá-las.