Pode-se dizer, sem medo de errar, que a primeira boa regra da etiqueta e de um estilo profissional adequado e facilitador é ter e difundir bom humor.

Não há coisa pior num ambiente de trabalho do que um colega queixoso, que reclama de tudo, não acha graça em nada. Ora é "o computador que está lento"; ora "a sala que está muito fria" ou "o telefone que está sempre ocupado" ou "o cliente que não sabe o que quer" ou "o fornecedor que atrasou". Sem falar das absolutamente abomináveis lamúrias pessoais: "ah, mas eu estou tão cansado(a)"; "não tenho tempo pra nada"; "já estou muito velho(a) para isso"; "engordei muito, olha só minha barriga".

Só há uma palavra capaz de definir essas coisas: insuportável. Logo, faça tudo que estiver ao seu alcance para não ser esse colega de trabalho do tipo "chato de galochas".

Humor pode ser entendido como a "capacidade de perceber, apreciar ou expressar o que é divertido". Ou, indo mais além, a capacidade de não se deixar abater pelas inevitáveis chatices do dia-a-dia, procurando extrair dessas situações o que elas têm de inusitado e, portanto, divertido.

Claro que não adianta nada procurar fazer o falso "jogo do contente", desconsiderando as dificuldades e propagando que "está tudo ótimo", quando não está. Isso não é bom humor, é tolice ou falsidade. E chatice também, pois não há quem se sinta bem com alguém querendo (inocente ou propositadamente) nos fazer de tolos.

Para "garimpar" o humor no cotidiano e, assim aprimorar o estilo pessoal e a qualidade de vida, tanto a nossa própria quanto das pessoas com quem convivemos profissionalmente, é fundamental fazermos o exercício de nos distanciar o máximo possível das situações, como se fossemos espectadores e não atores da trama, procurando vê-la "de fora". Já se disse que, vista de perto, a vida é um drama, vista de longe, uma comédia.

Procurar o cômico para usá-lo, moderadamente, como antídoto da chatice é, pois, mais que uma obrigação. É um dever de etiqueta.