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O papel vai acabar?
Publicado em Sun Feb 06 16:11:00 UTC 2000 - Edição 73
"O papel é a última de uma longa fila de "tecnologias" de leitura tornadas obsoletas a cada surgimento de uma solução melhor". A morte anunciada do papel é decretada por ninguém menos que Bill Gates, o criador da Microsoft e um dos gurus da era digital. Sua constatação cheira à polêmica. Os chips vão realmente substituir o papel no dia-a-dia das pessoas, empresas e organizações? Ou trata-se de mais uma profecia, como tantas outras, fadada a virar cinzas? Para a consultora Cléa Pimentel, da Informar, empresa integrante da Rede Gestão, as constantes previsões sobre o fim do papel esbarram em uma constatação muito simples. Em muitos casos, apesar de toda sofisticação tecnológica, o papel é insubstituível. "A prova é que nunca se produziu tantos documentos em papel como atualmente. A perspectiva, segundo a revista Wired, é que a produção mundial de documentos duplique até 2005".
Na verdade, afirma a consultora, foi a partir dos programas de qualidade que as empresas passaram a se preocupar com o tamanho dos seus arquivos e com o aumento descontrolado da documentação produzida e recebida. "A partir daí, as organizações começaram a adotar soluções tecnológicas para reduzir o uso do papel e proporcionar uma redução dos custos, um melhor atendimento aos clientes e maior competitividade nos negócios". A automação documental virou uma importante ferramenta de gestão, enfatizada por exemplo, pelas certificações ISO.
Clea Pimentel faz, entretanto, uma ressalva. Ela acredita que os formatos eletrônicos oferecem excelente funcionalidade ao acesso e à localização de documentos na fase Ativa do documento, porém são inadequados para a preservação de informações por longo tempo nas suas fases Inativa e Permanente. "O papel continuará sendo, ainda por muito tempo, o suporte de segu-rança para os documentos que possuem valor de Prova e estão sujeitos à fiscalização", destaca. Como, por exemplo, para se protegerem do Bug do Milênio, quando os bancos transferiram para o papel, por medida de segurança, as informações existentes em seus arquivos digitais. Ou no caso da Receita Federal que, apesar de receber as declarações de Imposto de Renda via Internet, exige que os documentos comprobatórios das despesas declaradas sejam apresentadas pelo declarante em papel.
Para a consultora, apesar dos avanços tecnológicos, o papel vai resistir aos ataques da tecnologia digital. "Bill Gates, para provar suas teorias de que "as empresas precisam atuar na era da velocidade do pensamento necessitam diminuir processos em papel e deve fazê-los trafegar em forma digital", vendeu em todo o mundo milhões de exemplares do seu livro, que na edição brasileira tem 445 páginas... em papel".
Na verdade, afirma a consultora, foi a partir dos programas de qualidade que as empresas passaram a se preocupar com o tamanho dos seus arquivos e com o aumento descontrolado da documentação produzida e recebida. "A partir daí, as organizações começaram a adotar soluções tecnológicas para reduzir o uso do papel e proporcionar uma redução dos custos, um melhor atendimento aos clientes e maior competitividade nos negócios". A automação documental virou uma importante ferramenta de gestão, enfatizada por exemplo, pelas certificações ISO.
Clea Pimentel faz, entretanto, uma ressalva. Ela acredita que os formatos eletrônicos oferecem excelente funcionalidade ao acesso e à localização de documentos na fase Ativa do documento, porém são inadequados para a preservação de informações por longo tempo nas suas fases Inativa e Permanente. "O papel continuará sendo, ainda por muito tempo, o suporte de segu-rança para os documentos que possuem valor de Prova e estão sujeitos à fiscalização", destaca. Como, por exemplo, para se protegerem do Bug do Milênio, quando os bancos transferiram para o papel, por medida de segurança, as informações existentes em seus arquivos digitais. Ou no caso da Receita Federal que, apesar de receber as declarações de Imposto de Renda via Internet, exige que os documentos comprobatórios das despesas declaradas sejam apresentadas pelo declarante em papel.
Para a consultora, apesar dos avanços tecnológicos, o papel vai resistir aos ataques da tecnologia digital. "Bill Gates, para provar suas teorias de que "as empresas precisam atuar na era da velocidade do pensamento necessitam diminuir processos em papel e deve fazê-los trafegar em forma digital", vendeu em todo o mundo milhões de exemplares do seu livro, que na edição brasileira tem 445 páginas... em papel".