Informação e conhecimento tornaram-se moedas valiosas nesses tempos de globalização. Selecionar o que é realmente relevante entre um volume crescente de informação e pôr em prática, a partir das reais necessidades da organização, é hoje um dos principais desafios do profissional. É preciso muito cuidado para identificar o que é puro modismo do que realmente vai fazer a diferença, trazendo resultados positivos para a instituição. "No mundo empresarial esta responsabilidade é ainda maior, pois as escolhas estão diretamente relacionadas a investimentos, sucessos ou insucessos futuros", observa Fernando Tompson, consultor da InovaAção Consulting, empresa associada à Rede Gestão, e do Iteci.

Nesse ambiente, o papel do gerente em dirigir um negócio, coordenando pessoas e recursos para atingir resultados, tem sua complexidade multiplicada. "Além da visão generalista, complementando a atuação dos especialistas, ele precisa desenvolver uma visão sistêmica", afirma Tompson. Essa postura vai permitir que tudo funcione de modo integrado, como parte de uma grande engrenagem, construída para maximizar a missão da instituição, com foco na sua visão de futuro.

Para o consultor, as áreas de Informática e Recursos Humanos têm papel fundamental neste momento, por permearem todas as demais. "Os gerentes destas áreas têm de conhecer profundamente o negócio da instituição onde atuam, para poderem compor e executar um mix de tecnologia adequado." Se mantiverem a visão focada apenas em sua própria área, correm o risco de ver somente "pregos" ao invés de enxergar múltiplas possibilidades.

"Os softwares de gestão integrada (Enterprise Resources Planning ERP), como o Oracle Applications, SAP e Pirâmide, têm feito eclodir esta realidade. Não dá para resolver todos os problemas de uma instituição sob uma única ótica. O Marketing depende da Produção. A Produção depende de Recursos Humanos. Esta depende de Finanças, que depende de Vendas, que depende de Informática, e assim por diante", comenta Tompson.

Para o consultor, não há mais espaço no mercado para os "pseudogerentes", pessoas que ocupam a responsabilidade de uma unidade de negócio apenas por terem sido bons especialistas. Principalmente com o advento da Internet e do comércio digital, esses profissionais precisam ter uma visão a mais ampla possível sobre sua empresa e o mercado. "Precisam-se urgente de Gerentes Profissionais, preparados, com foco nos resultados definidos na estratégia organizacional, com perfil comportamental adequado. Pessoas que saibam conviver de forma sinérgico com os grandes especialistas, com o mesmo grau de importância dentro da instituição. Gerentes que saibam escolher e combinar as ferramentas adequadas: não enxerguem apenas pregos, nem utilizem apenas martelos."