Você, que tem me acompanhado nesta imersão sobre a Sociedade Caórdica, já sabe que, em primeiro lugar, há a necessidade de liderar a si mesmo, dedicando 50% do seu tempo e da sua capacidade a você. Essa é a primeira responsabilidade de um administrador. A segunda é liderar seus superiores, gastando 25% do seu tempo diário e de sua capacidade administrando seus superiores.

Convido você a liderar a si mesmo, liderar seus superiores, liderar seus iguais, empregar bons colaboradores e deixá-los livres para fazer o mesmo. Sim, esta é a terceira responsabilidade de um administrador: liderar seus iguais! Dedique 20% do seu tempo diário e de sua capacidade nesta empreitada que é administrar seus iguais.

Quem são nossos iguais? São aqueles sobre os quais não temos autoridade e que não têm autoridade sobre nós. Por exemplo: associados, concorrentes, fornecedores, clientes, sócios e colegas de trabalho de mesma função, aliados estratégicos, parceiros, esposa(o), noiva(o), irmãos, filhos, vizinhos, amigos, entre outros.

Nossos iguais podem tornar nossa vida um céu ou um inferno, principalmente quando somos subvertidos por eles de forma negativa. Nesses momentos, temos que manter o autocontrole, não sair do nosso centro emocional. Para evitar ser influenciado, podemos também entendê-los, persuadi-los positivamente, motivá-los, inquietá-los, influenciá-los, perdoá-los, conduzi-los, liderá-los.

As pessoas geralmente sentem uma imensa dificuldade em ver as coisas de acordo com o modelo da Sociedade Caórdica. Se você analisar os fracassos e sucessos obtidos ao longo da sua vida, constatará que o fracasso é constante e certo, quando não observamos essas responsabilidades aqui comentadas.

Quando a nossa própria conduta, inteligência e nosso esforço são deficientes, como às vezes acontece, esse é um fracasso de primeira grandeza. Se não conseguimos conquistar a confiança, a anuência e o apoio dos nossos superiores, esse é um fracasso de segunda grandeza. Caso sejamos subvertidos pelos iguais, dominados pelos concorrentes ou paralisados por regras insensatas, esse é um fracasso de terceira grandeza. Se aqueles sobre quem temos autoridade não são induzidos a compreender, aceitar e praticar o conceito, esse é um fracasso de quarta grandeza. Quando isso acontece, é em nós mesmos que devemos procurar os erros.

Para administrar os iguais, é preciso, acima de tudo, não ser subvertido ou influenciado; ser ético acima de qualquer coisa, buscando sempre a convergência de pontos comuns entre nós, iguais. O objetivo é atingir resultados positivos e formar sempre outras pessoas que possam fazer o mesmo.

Discuta com seus amigos como é liderar seus iguais. Na próxima matéria da série, falaremos da quarta responsabilidade de um administrador.