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Sociedade Caórdica (5/6) A Quarta Responsabilidade de um Administrador

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Publicado em Sun Apr 18 17:48:00 UTC 2004 - Edição 290

Criados por Dee Hock, ex-executivo emérito da Visa, os princípios da Sociedade Caórdica integram uma filosofia que desafia nossas crenças fundamentais sobre a nossa relação com as pessoas, com o dinheiro, com as organizações, com a liderança, com a administração — sobre o espírito humano e a nossa relação com o mundo natural.

 

Segundo ele, temos que dedicar 50% do nosso tempo e da nossa capacidade nos liderando. Gastar 25% do nosso tempo diário e da nossa capacidade liderando nossos superiores. Dedicar 20% do nosso tempo e da nossa capacidade procurando liderar nossos iguais. Só nos resta 5% do nosso tempo diário e de nossa capacidade para administrar os nossos colaboradores, sendo esta a quarta e última responsabilidade de um administrador.

 

Será que não é pouco tempo para dedicar a nossos colaboradores? Geralmente, nós gastamos muito mais do nosso tempo diário ajudando os nossos colaboradores a fazerem com que as coisas aconteçam. Este deve ser o seu pensamento neste momento de reflexão sobre a quarta responsabilidade de um administrador.

 

Convido-o, neste momento, a liderar a si mesmo, liderar seus superiores, liderar seus iguais, empregar bons colaboradores e deixá-los livres para fazerem o mesmo. Sim, deixá-los livres para fazerem o mesmo, ou seja, livres para aplicarem os conceitos até aqui apresentados: (1) liderar a si mesmo; (2) liderar seus superiores; (3) liderar seus iguais; e (4) identificar novos talentos para aplicar o mesmo conceito.

 

Na verdade, o grande desafio do admi-nistrador é identificar, buscar colaboradores que atuem como verdadeiros talentos humanos. O diferencial competitivo de uma organização contemporânea está, justamente, em ter ou não ter, em possuir ou não possuir, formar ou não formar, fomentar ou não fomentar talentos humanos.

 

Grande parte dos problemas de uma orga-nização é resolvida quando a seleção de talentos humanos é bem-feita; é criteriosa; é convergente com os propósitos, os princípios, os conceitos e com a estrutura da organização.

 

Não adianta trazer para sua organização talentos humanos que não se sintam bem nela. Que não creiam nos seus princípios. Que não tenham independência mental. Que não cumpram e não façam cumprir os direitos e as obrigações da organização. E que, acima de tudo, não ponham em prática tudo o que aprendem de bom no seu dia-a-dia. Nunca contrate talentos humanos com esse perfil.

 

Lembre que se aqueles sobre quem temos autoridade não são induzidos a compreender, aceitar e praticar o conceito que ora estou lhes transmitindo, esse é um fracasso de quarta grandeza. Quando isso acontece, é em nós mesmos que devemos procurar os erros, e não nos outros.

 

Discuta com seus amigos como é identificar talentos humanos de qualidade. Boa sorte!


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