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Rotatividade não gera compromisso
Publicado em Sun Dec 03 19:33:00 UTC 2000 - Edição 115
Até bem pouco tempo, o bom emprego era aquele "para toda a vida". Construir a carreira numa mesma empresa era sinônimo de competência, sucesso e segurança. Mas desde que conceitos como globalização, nova economia e competitividade passaram a dominar o ambiente de negócios, as coisas mudaram. Hoje, muitos profissionais e executivos resistem à idéia de passar anos a fio ligados a uma mesma organização. Adotam a rotatividade como uma estratégia de suas carreiras e chegam a definir prazos máximos de permanência nas empresas.
Entretanto, esse jogo nem sempre traz resultados positivos para os dois lados. "Do ponto de vista do empregador, é muito pouco atrativo ter empregados que não tenham como traço diferencial a capacidade de construir vínculos de lealdade e comprometimento com o coletivo", observa a consultora Elane Cabral, da Agilis Seleção, integrante da Rede Gestão. Ou seja, o profissional modelo "passe livre", apesar de ser a última moda no mercado, deve ser visto com ressalvas.
Para Elane, a alta rotatividade nas empresas acaba fragilizando os vínculos e a identificação do profissional com um projeto coletivo. Também pode fazer do negócio um projeto de um "único dono", ou seja, de quem dirige a empresa. "Talvez a conseqüência mais grave dessa nova realidade seja o aumento do individualismo e, por conseguinte, o entrave ao desenvolvimento dos chamados times competitivos, nos quais os integrantes trabalham de maneira entrosada, com foco na realização da tarefa." E, é bom lembrar, times competitivos são, atualmente, um ponto central na gestão de empresas bem-sucedidas.
A consultora observa que vínculos estáveis não são sinônimo de acomodação. Pelo contrário, do ponto de vista psicológico, eles criam a base necessária para o investimento pessoal produtivo no projeto empresarial. O vínculo facilita o processo de identificação do profissional com a empresa e permite a estruturação das relações. "É por meio desse processo que ele constrói o seu espaço, exerce seu papel, assume suas funções; enfim, organiza-se para a tarefa."
Entretanto, esse jogo nem sempre traz resultados positivos para os dois lados. "Do ponto de vista do empregador, é muito pouco atrativo ter empregados que não tenham como traço diferencial a capacidade de construir vínculos de lealdade e comprometimento com o coletivo", observa a consultora Elane Cabral, da Agilis Seleção, integrante da Rede Gestão. Ou seja, o profissional modelo "passe livre", apesar de ser a última moda no mercado, deve ser visto com ressalvas.
Para Elane, a alta rotatividade nas empresas acaba fragilizando os vínculos e a identificação do profissional com um projeto coletivo. Também pode fazer do negócio um projeto de um "único dono", ou seja, de quem dirige a empresa. "Talvez a conseqüência mais grave dessa nova realidade seja o aumento do individualismo e, por conseguinte, o entrave ao desenvolvimento dos chamados times competitivos, nos quais os integrantes trabalham de maneira entrosada, com foco na realização da tarefa." E, é bom lembrar, times competitivos são, atualmente, um ponto central na gestão de empresas bem-sucedidas.
A consultora observa que vínculos estáveis não são sinônimo de acomodação. Pelo contrário, do ponto de vista psicológico, eles criam a base necessária para o investimento pessoal produtivo no projeto empresarial. O vínculo facilita o processo de identificação do profissional com a empresa e permite a estruturação das relações. "É por meio desse processo que ele constrói o seu espaço, exerce seu papel, assume suas funções; enfim, organiza-se para a tarefa."