Qual o segredo do sucesso das organizações e empresas que parecem estar sempre à frente dos concorrentes, antecipando-se às necessidades do mercado? Que superam as dificuldades, surpreendem seus clientes e obtêm resultados positivos mesmo em um ambiente cada vez mais competitivo? Segredo, fórmula ou receita não existem. Mas um ponto em comum entre essas organizações é que elas tentam antecipar o futuro, adotam uma postura ativa frente ao mercado e não se comportam como se a empresa fosse um barco levado pela correnteza. Em síntese, essas empresas adotam uma ferramenta de gestão chamada Planejamento Estratégico. O Planejamento Estratégico dever ser realizado pelo menos uma vez por ano, de preferência logo no final, visando o bom desempenho do exercício seguinte e a construção de um projeto consistente para a empresa. Nas próximas quatro semanas, a Desafio 21 vai detalhar os passos básicos do Planejamento Estratégico. Princípios que podem e devem ser adotados por qualquer organização que queira tornar-se ou manter-se competitiva em seu segmento de atuação.

Passo 1: Avaliação Estratégica

O primeiro passo é a Avaliação Estratégica das condições internas e externas da empresa. Ela consiste na identificação dos principais aspectos facilitadores (oportunidades) e dificultadores (ameaças) encontrados no ambiente externo. E também na identificação dos aspectos facilitadores (forças) e dificultadores (fraquezas) encontrados no ambiente interno da empresa que afetam o cumprimento da sua missão ou o desempenho do seu negócio hoje e no futuro.

O exercício de montagem desse quadro de avaliação estratégica é tanto mais produtivo quanto mais envolver os principais responsáveis pelas decisões na empresa. A rigor, ele deve ser feito em reunião específica dos responsáveis pela gestão da empresa. Depois que cada integrante preencher individualmente a matriz, deve-se procurar montar a síntese que represente a avaliação do grupo. É justamente essa visão compartilhada que permite a definição do desafio do próximo período e das prioridades (o que não pode deixar de ser feito) em bases comuns e, portanto, mais consistentes.