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A hora da criatividade
Publicado em Sun Jan 21 19:50:00 UTC 2001 - Edição 122
Para o bem ou para o mal, estamos desembarcando na Era Pós-industrial. Entre as esperanças e boas notícias, os especialistas e estudiosos apontam para a superação de velhas dicotomias, realçando o caráter plural e inovador de um novo modus vivendi. Às atividades meramente repetitivas e mecânicas se sucedem várias outras que espelham e antecipam um mundo mais humano, onde, como já queria Lewis Mumford, "daremos à máquina o que é só da máquina e devolveremos à vida o que é da vida".
A ser verdade o que se prenuncia, a criatividade assumirá um papel decisivo na nossa vida diária, com importantes reflexos para a atividade empresarial. Domenico de Masi, por exemplo, prevê uma importante função para o estético. Com certeza, o refinamento das novas tecnologias, permitindo a livre e direta intervenção humana - ou seja, a inserção da subjetividade criadora nas relações de produção - fará eclodir ainda mais o que já se assiste: a personalização e a flexibilidade (serviços e produtos sob medida), criando, em muitos casos, uma espécie de vida artesanal tecnológica. Estranho? Nem tanto, se pensarmos nas formas híbridas e complexas que se vêm gestando nos laboratórios e que já pousam nas nossas prateleiras.
Mais que um componente implícito no processo de um produto, a criatividade, num mundo assim, passa a ser um fator decisivo e condicionante. As personalidades criativas terão lugar cativo em tal contexto, convocadas a transformarem matérias-primas, sejam estas serviços, produtos, informações, realidades. O mundo midiático, tão bem previsto por McLuhan (e hoje sacramentado por Manuel Castells) será plasmado, cada vez mais, por uma criatividade extensiva. Uma poeisis (criação) difusa se expandirá pelo tecido social, lembrando a cada homem seu quinhão de criador.
O que parece apenas profecia já se sabe que é uma realidade em vários níveis da sociedade informacional. Se, para esta, o conhecimento é a mola vital, nada mais razoável que a criatividade também ocupe um lugar nuclear. É praticamente uma evidência. Com certeza, a criatividade com seus valores e mecanismos - imaginação, fusão, associação, adaptação, transposição, inovação e tantos outros - terá muito a nos dizer. Com sua sociedade, as novas tecnologias poderão florescer para além das obviedades bem comportadas que se esperam de sistemas e máquinas.
A ser verdade o que se prenuncia, a criatividade assumirá um papel decisivo na nossa vida diária, com importantes reflexos para a atividade empresarial. Domenico de Masi, por exemplo, prevê uma importante função para o estético. Com certeza, o refinamento das novas tecnologias, permitindo a livre e direta intervenção humana - ou seja, a inserção da subjetividade criadora nas relações de produção - fará eclodir ainda mais o que já se assiste: a personalização e a flexibilidade (serviços e produtos sob medida), criando, em muitos casos, uma espécie de vida artesanal tecnológica. Estranho? Nem tanto, se pensarmos nas formas híbridas e complexas que se vêm gestando nos laboratórios e que já pousam nas nossas prateleiras.
Mais que um componente implícito no processo de um produto, a criatividade, num mundo assim, passa a ser um fator decisivo e condicionante. As personalidades criativas terão lugar cativo em tal contexto, convocadas a transformarem matérias-primas, sejam estas serviços, produtos, informações, realidades. O mundo midiático, tão bem previsto por McLuhan (e hoje sacramentado por Manuel Castells) será plasmado, cada vez mais, por uma criatividade extensiva. Uma poeisis (criação) difusa se expandirá pelo tecido social, lembrando a cada homem seu quinhão de criador.
O que parece apenas profecia já se sabe que é uma realidade em vários níveis da sociedade informacional. Se, para esta, o conhecimento é a mola vital, nada mais razoável que a criatividade também ocupe um lugar nuclear. É praticamente uma evidência. Com certeza, a criatividade com seus valores e mecanismos - imaginação, fusão, associação, adaptação, transposição, inovação e tantos outros - terá muito a nos dizer. Com sua sociedade, as novas tecnologias poderão florescer para além das obviedades bem comportadas que se esperam de sistemas e máquinas.