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Postura profissional: Uma questão de marketing pessoal
Publicado em Sun Oct 17 11:33:00 UTC 1999 - Edição 57
Muito tem-se falado do marketing pessoal como uma ferramenta poderosa para o profissional construir um melhor posicionamento no mercado de trabalho, estando ou não colocado. Dos conceitos-chave que envolvem o marketing pessoal, já abordados anteriormente na coluna (número 41), particularmente um chama atenção por ser recorrentemente negligenciado por grande parte das pessoas: uma postura profissional adequada.
É surpreendente o descuido (muito mais freqüente do que se imagina) em relação a esse requisito básico, mesmo nos momentos em que há um enquadramento explícito de avaliação. Processos seletivos são um prato cheio para se colherem exemplos. Uma ligação telefônica para convidar um candidato a comparecer a uma entrevista é muitas vezes recebida com indiferença. Ou, mesmo, falar com uma secretária é encarado como merecedor de menos atenção (revelador de uma atitude até certo ponto discriminatória). Além dessas, há outras condutas nos processos seletivos que comprometem a postura profissional: chegar atrasado às entrevistas marcadas, tratar os selecionadores com a intimidade de velhos amigos, fornecer informações equivocadas ou imprecisas sobre o que é solicitado (comum é o número do CPF errado), dentre muitas outras.
O curioso é que adotar uma postura profissional não parece exigir muito de quem se propõe a investir nisso. Cinco dicas simples podem ajudar o profissional:
(1) Cuidar da apresentação pessoal. Não se trata de beleza, mas da maneira como a pessoa é capaz de ser "agradável fisicamente". No trabalho, fundamental é transmitir sobriedade, estilo e, principalmente, respeito e afinidade com o ambiente. Para não errar, é recomendável fazer a opção pelo básico.
(2) Ser pontual. Chegar na hora é sinal de respeito com o outro. Mesmo que esse outro seja um atrasado convicto, é imprescindível agir com função exemplar. Afinal, num mundo em que a ordem do dia é administrar bem o tempo, um pequeno atraso de alguns minutos pode ser bastante problemático e revelador de descaso.
(3) Tratar bem o próximo (e aquele nem tão próximo assim). O importante é saber que ser cortês é uma prática mais fácil do que se imagina. Vivemos numa época em que bons vínculos são um ativo importante para o profissional: ajuda a trabalhar em equipe, a desenvolver uma rede de relações, a acessar informações.
(4) Falar pouco mas falar bem. Bem, no sentido de correto, adequado e argumentado. Não falar para agradar ou, o oposto, para antagonizar indiscriminadamente. Sim, e não esquecer que, sempre, é muito importante ouvir.
(5) E, balizando tudo isso, ter uma conduta ética irrepreensível, o que significa saber que tudo o que fazemos e falamos em relação a nós mesmos, ao colega, à empresa, à sociedade, funciona, para quem nos ouve, como credencial. Se não for de boa qualidade, todo mundo nota.
Mas é bom não esquecer: nada disso tem sentido se a postura profissional não estiver refletindo uma maneira pessoal legítima de se comportar. Até porque, como a postura fala pela pessoa, vale a máxima "mentira tem perna curta".
É surpreendente o descuido (muito mais freqüente do que se imagina) em relação a esse requisito básico, mesmo nos momentos em que há um enquadramento explícito de avaliação. Processos seletivos são um prato cheio para se colherem exemplos. Uma ligação telefônica para convidar um candidato a comparecer a uma entrevista é muitas vezes recebida com indiferença. Ou, mesmo, falar com uma secretária é encarado como merecedor de menos atenção (revelador de uma atitude até certo ponto discriminatória). Além dessas, há outras condutas nos processos seletivos que comprometem a postura profissional: chegar atrasado às entrevistas marcadas, tratar os selecionadores com a intimidade de velhos amigos, fornecer informações equivocadas ou imprecisas sobre o que é solicitado (comum é o número do CPF errado), dentre muitas outras.
O curioso é que adotar uma postura profissional não parece exigir muito de quem se propõe a investir nisso. Cinco dicas simples podem ajudar o profissional:
(1) Cuidar da apresentação pessoal. Não se trata de beleza, mas da maneira como a pessoa é capaz de ser "agradável fisicamente". No trabalho, fundamental é transmitir sobriedade, estilo e, principalmente, respeito e afinidade com o ambiente. Para não errar, é recomendável fazer a opção pelo básico.
(2) Ser pontual. Chegar na hora é sinal de respeito com o outro. Mesmo que esse outro seja um atrasado convicto, é imprescindível agir com função exemplar. Afinal, num mundo em que a ordem do dia é administrar bem o tempo, um pequeno atraso de alguns minutos pode ser bastante problemático e revelador de descaso.
(3) Tratar bem o próximo (e aquele nem tão próximo assim). O importante é saber que ser cortês é uma prática mais fácil do que se imagina. Vivemos numa época em que bons vínculos são um ativo importante para o profissional: ajuda a trabalhar em equipe, a desenvolver uma rede de relações, a acessar informações.
(4) Falar pouco mas falar bem. Bem, no sentido de correto, adequado e argumentado. Não falar para agradar ou, o oposto, para antagonizar indiscriminadamente. Sim, e não esquecer que, sempre, é muito importante ouvir.
(5) E, balizando tudo isso, ter uma conduta ética irrepreensível, o que significa saber que tudo o que fazemos e falamos em relação a nós mesmos, ao colega, à empresa, à sociedade, funciona, para quem nos ouve, como credencial. Se não for de boa qualidade, todo mundo nota.
Mas é bom não esquecer: nada disso tem sentido se a postura profissional não estiver refletindo uma maneira pessoal legítima de se comportar. Até porque, como a postura fala pela pessoa, vale a máxima "mentira tem perna curta".