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Crie sua marca pessoal

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Publicado em Sun Apr 15 12:56:00 UTC 2001 - Edição 134
Quem de nós não conhece um jovem dinâmico, de iniciativa, liderança e espírito de equipe que ainda não conseguiu uma boa colocação no mercado? Ou um profissional supercompetente e dedicado que há anos ocupa o mesmo cargo, na mesma sala, da mesma empresa? Qual o problema dessas pessoas? Por que as portas parecem abrir-se tão facilmente para uns, enquanto para outros trancas e dobradiças chegam a enferrujar por falta de uso?

Uma das respostas possíveis está bem diante dos nossos olhos: Imagem. Talento é importante, mas imagem é fundamental. A maneira de falar, de agir, de vestir - tudo isso conta ponto na construção da imagem. Todos vendem diariamente um pouco do que são e, dependendo da competência com a qual desempenham essa atividade, são comprados ou esquecidos em prateleiras empoeiradas. Você é um produto e, como tal, precisa saber se vender.

Encarar os reflexos da sua imagem ajuda a entender melhor os acontecimentos do dia-a-dia. A forma como o grupo vê o profissional por vezes é completamente diferente da forma que ele realmente acredita ser. Nem sempre suas ações e atitudes são interpretadas como ele gostaria, gerando ruídos na comunicação.

A Janela de Johari descreve com detalhes o processo de dar e receber feedbacks. Para os psicólogos Joseph Luft e Harry Ingham, o indivíduo é formado por quatro Eus. O Eu aberto é aquele conhecido tanto pela pessoa como pelo grupo. É a convivência mais autêntica e transparente possível. O Eu secreto é conhecido pela pessoa, mas desconhecido pelo grupo. É aquela parte da pessoa que ela conhece bem, mas quer esconder dos outros. O Eu cego é conhecido pelo grupo e desconhecido pela pessoa. É como o grupo a vê, mas ela não consegue se enxergar. E o Eu oculto é aquele desconhecido pela pessoa e pelo grupo. São as relações envolvidas por máscaras e mistérios.

Através da Janela de Johari é possível perceber como a pessoa se vê e como os outros a vêem. Enquanto o profissional se considera democrático, seus colegas podem enxergá-lo como alguém sem pulso forte ou poder de persuasão. Os rótulos são muito perigosos e devem ser trabalhados na condição de tentar revertê-los antes que seja tarde. Tarde? O tempo é o recurso mais democrático que existe, pois é único para todos. Nunca é tarde para começar a mudar.

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