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A Gestão do Espaço Público
É preciso refletir sobre a complementaridade da natureza do espaço público e do privado. Publicado em Mon May 21 17:57:00 UTC 2007 - Edição 450
A casa é uma pequena cidade, e a cidade é uma grande casa. Até que ponto a gestão do ambiente interno da nossa vivência diária (espaço privado da casa ou do trabalho) é independente da gestão do ambiente externo da nossa vivência diária (espaço público)?
Essa questão nos obriga a refletir sobre a complementaridade da natureza do espaço público e do privado. Ao escolher um endereço na cidade, pagamos um diferencial expressivo, decorrente da localização. Trocando em miúdos, pagamos pelo que está dentro e pelo que está fora. Muitas vezes, o que está fora pode corresponder a percentuais significativos do valor final do imóvel pretendido.
A qualidade do local depende de fatores naturais e artificiais, como: largura das ruas e das calçadas, existência de transporte público, fluidez do transporte privado, massas verdes, proximidade dos recursos naturais (praia, rio, praça ou parque), índices acústicos e lumínicos, umidade, ventilação, existência de redes de infra-estrutura (abastecimento de água, eletricidade, esgotamento sanitário, drenagem, telecomunicação, etc.). Esse conjunto de fatores forma os microssistemas ambientais que compõem o macrossistema que é a cidade. Esse conjunto de fatores determina, finalmente, valores urbanísticos objetivos. O ambiente também agrega valores imateriais de caráter cultural e subjetivo, mas estes são mais difíceis de mensurar.
A rua, a quadra, o bairro são unidades que se sobrepõem ao ambiente natural e vão dar suporte na implantação dos edifícios que abrigarão os espaços da convivência íntima. Não discutir esses componentes da cidade é não garantir o seu próprio espaço privado.
Comprar um terreno em Boa Viagem, na Avenida Beira-mar, no Recife, por exemplo, é distinto de comprar um terreno na primeira ou segunda paralela, porque quando se adquire um espaço na avenida se compra também uma “qualidade ambiental”. A falta de planejamento, respeito e garantia das questões ambientais resulta em prejuízo do próprio patrimônio privado, em perdas de capital pessoal. Logo, ser partícipe ativo na discussão sobre o destino do espaço público é ser igualmente partícipe ativo do destino do seu espaço privado.
Essa questão nos obriga a refletir sobre a complementaridade da natureza do espaço público e do privado. Ao escolher um endereço na cidade, pagamos um diferencial expressivo, decorrente da localização. Trocando em miúdos, pagamos pelo que está dentro e pelo que está fora. Muitas vezes, o que está fora pode corresponder a percentuais significativos do valor final do imóvel pretendido.
A qualidade do local depende de fatores naturais e artificiais, como: largura das ruas e das calçadas, existência de transporte público, fluidez do transporte privado, massas verdes, proximidade dos recursos naturais (praia, rio, praça ou parque), índices acústicos e lumínicos, umidade, ventilação, existência de redes de infra-estrutura (abastecimento de água, eletricidade, esgotamento sanitário, drenagem, telecomunicação, etc.). Esse conjunto de fatores forma os microssistemas ambientais que compõem o macrossistema que é a cidade. Esse conjunto de fatores determina, finalmente, valores urbanísticos objetivos. O ambiente também agrega valores imateriais de caráter cultural e subjetivo, mas estes são mais difíceis de mensurar.
A rua, a quadra, o bairro são unidades que se sobrepõem ao ambiente natural e vão dar suporte na implantação dos edifícios que abrigarão os espaços da convivência íntima. Não discutir esses componentes da cidade é não garantir o seu próprio espaço privado.
Comprar um terreno em Boa Viagem, na Avenida Beira-mar, no Recife, por exemplo, é distinto de comprar um terreno na primeira ou segunda paralela, porque quando se adquire um espaço na avenida se compra também uma “qualidade ambiental”. A falta de planejamento, respeito e garantia das questões ambientais resulta em prejuízo do próprio patrimônio privado, em perdas de capital pessoal. Logo, ser partícipe ativo na discussão sobre o destino do espaço público é ser igualmente partícipe ativo do destino do seu espaço privado.