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Maturidade, tempo para se reinventar!

Antes, o amadurecimento resultava em depressão, adoecimento ou negativa da situação. Hoje, o novo padrão de comportamento tem registrado um maior investimento na capacidade intelectual, emocional e de saúde.
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Publicado em Wed Nov 16 15:32:00 UTC 2016 - Edição 919
Uma mudança demográfica está em curso, resultante da queda contínua da taxa de fecundidade, simultânea à redução da taxa de mortalidade em todas as faixas etárias. Nesse contexto, há o aumento progressivo do número de idosos e dos longevos no País. Na década de 1960, a vida parecia ter chegado ao seu ápice quando se atingiam os 50 anos, com a família estabelecida e a carreira consolidada. Hoje, o cenário é outro. 
 
Para muitos, a maturidade é vivida como uma crise. Uns não podem parar de trabalhar. Outros se ressentem com a aposentadoria. Além de ser também uma fase em que as pessoas se confrontam com as consequências das suas escolhas (amorosas e profissionais) e com o processo de envelhecimento, o que gera alta incidência de depressão, adoecimento ou negação da passagem do tempo. 
 
Nos últimos anos, no entanto, ocorreram mudanças positivas. O universo das pessoas maduras tem adotado um novo padrão de comportamento. Os dados atestam isso. No período compreendido entre 2002 e 2012, segundo levantamento do IBGE e do Inep, subiu exponencialmente o número de pessoas com mais de 50 anos que se casaram (199%), divorciaram-se (130%) e ingressaram no Ensino Superior (205,5%), além de investirem muito mais no bem-estar físico e psíquico, o que inclui a prática de exercícios físicos regulares e o cuidado com a saúde e a aparência. 
 
Surge um modo novo de lidar com essa etapa da vida, que não é somente nostálgica e melancólica. É possível fazer algo na perspectiva da invenção. Ou seja, manter a abertura para novas descobertas e realizações mais condizentes com o próprio desejo e se preparar para torná-las concretas. Naturalmente, isso exige coragem para encarar e correr atrás do que se quer. 
 
 
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