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Entidades lançam o Movimento Observatório do Recife
O Movimento pretende monitorar indicadores sociais e propor metas para melhorá-los, criando uma agenda suprapartidária para o desenvolvimento da cidade. Publicado em Sun Aug 17 15:43:00 UTC 2008 - Edição 115 Enquanto Pernambuco vive um dos momentos econômicos mais promissores de sua história recente, a cidade do Recife, na contramão dessas boas perspectivas, convive com o título de uma das cidades mais violentas do País. Motivadas a contribuir de forma concreta para mudar esse quadro, entidades da sociedade civil — entre elas a Rede Gestão — tornaram público, na última semana, o Movimento Observatório do Recife. Inspirado em iniciativas semelhantes e bem-sucedidas, o Movimento pretende monitorar indicadores sociais em áreas importantes para a qualidade de vida na cidade e propor metas para melhorá-los, criando uma agenda suprapartidária para o desenvolvimento da cidade.
Segundo Cármen Cardoso, sócia da TGI Consultoria em Gestão, que participa do Movimento desde a sua origem enquanto integrante da Rede Lidera, a idéia é mobilizar a sociedade para que ela de fato possa atuar como protagonista na construção de uma cidade socialmente justa, ambientalmente preservada e economicamente viável. "O lema do Observatório do Recife é Cidadania com Atitude porque acreditamos que é preciso agir para promover a mudança", assinala.
A primeira iniciativa do Observatório foi definir os temas prioritários a serem monitorados, que são: Saúde, Educação, Mobilidade, Moradia e Saneamento, Segurança Pública e Direitos Humanos, Meio Ambiente, Juventude, Trabalho, Renda e Desigualdade. No lançamento, as entidades que compõem o Observatório se comprometeram a entregar ao próximo prefeito eleito do Recife um documento com os indicadores prioritários em cada área, em que estará retratada a situação atual e será apresentada uma proposta de metas a serem alcançadas até 2015.
"O Movimento Observatório do Recife nasce sintonizado com a tendência mundial de protagonismo da sociedade na melhoria das condições de vida das cidades, movimento que já conta com vários casos de sucesso na América Latina e no Brasil", diz Cármen. Mesmo recém-nascido, o Movimento já integra a Rede Social Brasileira por Cidades Justas e Sustentáveis, que congrega 15 cidades no País.